quinta-feira, 2 de abril de 2009

LULA É O CARA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um elogio do presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quinta-feira (2). Ao encontrar o presidente brasileiro durante almoço que fez parte da reunião de líderes do G20 (grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, Obama afirmou que Lula "é o cara" e que o presidente brasileiro é o "político mais popular do mundo".

"É porque ele é boa pinta", frisou o presidente norte-americano, ao lado do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner.

Lula tem uma agenda cheia nesta quinta-feira. O presidente vai se encontrar depois do encontro do G20 com o colega chinês, Hu Jintao. Os dois devem conversar, entre outros assuntos, sobre a possibilidade da criação de uma moeda internacional sem ligação com qualquer país para substituir o dólar. Depois, Lula concede uma entrevista à rede britânica "BBC".

Visita 'olímpica'

O presidente Lula fará nesta sexta-feira uma visita ao canteiro de obras do Parque Olímpico de Londres para os Jogos de 2012. O objetivo promover a candidatura do Rio para sediar as Olimpadas de 2016.

Segundo Embaixada do Brasil em Londres, devem juntar-se à comitiva brasileira o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o governador fluminense, Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o caráter democrático da reunião do G20 (grupo de países desenvolvidos e nações em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira (2), e voltou a dizer que o Brasil poderá emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

BRASIL EMPRESTA DINHEIRO AO FMI

"Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?", perguntou o presidente a jornalistas.

Lula lembrou que, durante muitos anos, carregou faixas em protestos dizendo "Fora FMI". Ele disse que gostaria de "entrar para a história" como "o presidente que emprestou algum dinheiro para o FMI, além de pagar a conta dos outros", sem especificar que conta seria essa.

Lula disse que um eventual financiamento do país ao FMI pode mudar a postura do país em relação ao fundo. "Depois a gente se queixa de que os países ricos querem mandar no FMI e no Banco Mundial. Lógico, nós só entramos lá como pedintes. Nós temos que colocar a nossa fatia para podermos exigir", disse. "Nós temos que entender que, embora tenha problemas, o Brasil tem condições de ajudar os países mais pobres."

quarta-feira, 1 de abril de 2009

LULA VAI AO G20 E QUER PROPOR MUDANÇAS


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Londres por volta das 12h40 desta quarta-feira (1º), onde participará de reunião de cúpula do G20, reunião de países ricos e emergentes, na quinta-feira (2). Lula chegou acompanhado dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Celso Amorim (Relações Exteriores), e Franklin Martins (Comunicação Social) e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Lula disse que espera que os líderes do G20 tenham "maturidade". "Temos uma convicção de que temos que encontrar uma solução. A única coisa que eu espero é que os presidentes tenham maturidade suficiente para compreender que cada dia que passar sem uma solução para a crise mais gente vai sofrer. Precisamos ter coragem de fazer o que precisamos fazer." Viagem Durante a viagem de trem entre Paris e Londres, Lula afirmou que o Brasil não quer continuar dependendo apenas do dólar americano como moeda de referência para suas reservas cambiárias e o comércio. "Me interesa que tenhamos mais de uma moeda de referência e que não continuemos dependendo apenas do dólar", afirmou Lula, consultado sobre a posição da China. O governo chinês pediu recentemente que se adote uma nova moeda de reserva internacional para substituir do dólar, estabilizar o clima monetário mundial e proteger suas gigantescas reservas cambiais. Lula disse que vai esperar para ver a proposta do presidente chinês Hu Jintao a respeito disso na cúpula do G20. Ele deu como exemplo os acordos que o Brasil fez com a Argentina para realizar intercâmbios comerciais em moeda local. Além disso, Lula afirmou que o Brasil está disposto a reforçar o Fundo Monetário Internacional, FMI (FMI). "Se for necessário dar dinheiro (ao FMI) e se isso não diminuir nossas reservas, não vemos problema algum". Consultado sobre a nova linha de crédito de US$ 47 bilhões que o México solicitará ao Fundo, o presidente esclareceu que o "Brasil não precisa (de uma linha de crédito do FMI) porque tem reservas suficientes". Em um dos encontros prévios ao encontro do G20, que acontecerá nesta quinta-feira, o presidente Lula sentou-se ao lado da rainha Elizabeth II na foto oficial da visita que reuniu líderes de todo o mundo. Mais tarde, ele volta a se reunir com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, para discutir economia. Parte da comitiva de Lula, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que vai se encontrar reservadamente com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, antes do jantar de ministros do G20. Os dois vão debater propostas e tentar "afinar" o discurso dos dois países para o encontro.