O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um elogio do presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quinta-feira (2). Ao encontrar o presidente brasileiro durante almoço que fez parte da reunião de líderes do G20 (grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, Obama afirmou que Lula "é o cara" e que o presidente brasileiro é o "político mais popular do mundo".
"É porque ele é boa pinta", frisou o presidente norte-americano, ao lado do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner.
Lula tem uma agenda cheia nesta quinta-feira. O presidente vai se encontrar depois do encontro do G20 com o colega chinês, Hu Jintao. Os dois devem conversar, entre outros assuntos, sobre a possibilidade da criação de uma moeda internacional sem ligação com qualquer país para substituir o dólar. Depois, Lula concede uma entrevista à rede britânica "BBC".
Visita 'olímpica'
O presidente Lula fará nesta sexta-feira uma visita ao canteiro de obras do Parque Olímpico de Londres para os Jogos de 2012. O objetivo promover a candidatura do Rio para sediar as Olimpadas de 2016.
Segundo Embaixada do Brasil em Londres, devem juntar-se à comitiva brasileira o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o governador fluminense, Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o caráter democrático da reunião do G20 (grupo de países desenvolvidos e nações em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira (2), e voltou a dizer que o Brasil poderá emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
BRASIL EMPRESTA DINHEIRO AO FMI
"Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?", perguntou o presidente a jornalistas.
Lula lembrou que, durante muitos anos, carregou faixas em protestos dizendo "Fora FMI". Ele disse que gostaria de "entrar para a história" como "o presidente que emprestou algum dinheiro para o FMI, além de pagar a conta dos outros", sem especificar que conta seria essa.
Lula disse que um eventual financiamento do país ao FMI pode mudar a postura do país em relação ao fundo. "Depois a gente se queixa de que os países ricos querem mandar no FMI e no Banco Mundial. Lógico, nós só entramos lá como pedintes. Nós temos que colocar a nossa fatia para podermos exigir", disse. "Nós temos que entender que, embora tenha problemas, o Brasil tem condições de ajudar os países mais pobres."