sábado, 29 de março de 2008

A DENGUE NO RJ E SEUS ALOPRADOS


No dia em que o número de pessoas infectadas por dengue no município do Rio de Janeiro ultrapassou a marca de 30 mil, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, se reuniu com representantes das operadoras de seguro e dos planos de saúde. Agilizar as notificações de casos de doença dos hospitais particulares no estado foi uma das medidas anunciadas que serão implementadas na parceria entre entidades de saúde da rede privada e a Secretaria estadual de Saúde do Rio.
“Certamente o número de casos (de dengue) e de letalidade (mortes) são maiores. A subnotificação leva a uma resposta fragilizada dos órgãos de saúde”, afirmou o ministro que, ao lado do secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes, se reuniu com o representante das operadoras de planos de saúde, Heráclito Brito, e o presidente da Confederação Nacional de Saúde do Rio, José Carlos Abrahão.
Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o número de casos notificados subiu para 31.288 na cidade do Rio de Janeiro. Somente em 2008, 31 pessoas morreram por causa da doença no município. Desde janeiro, 54 pessoas morreram de dengue em todo o estado.
“Pelo menos 45% da população do município do Rio possuem cobertura de algum plano de saúde. Por isso é importante essa conexão, esse intercâmbio, com a rede que atende o setor privado, para que haja um esforço para aumentar o número de notificação dos casos para que a gente tenha uma dimensão clara do problema”, disse Temporão
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RECADASTRAMENTO ACHA OS FANTASMINHAS


Cerca de 15.806 servidores terceirizados das empresas Service Clean (Facility), Cruz Vermelha Brasileira e Fundação José Pelúcio fizeram o recadastramento, segundo números parciais divulgados na noite de ontem pelo secretário de Administração, Licínio Corrêa. A presença foi quase 27% menor do que a esperada. A expectativa inicial era de que pelos menos 20 mil pessoas participassem do recenseamento, mas os dados divulgados ainda não são definitivos. Ontem, no último dia do recadastramento, o movimento foi considerado fraco nos cinco pólos espalhados pelo município. Alguns prestadores de serviço denunciaram que não conseguiram se recadastrar no pólo montado no Palácio da Cultura, que fechou antes do horário anunciado, e outros reclamaram também da falta da distribuição de comprovante para os cadastrados.

O GOVERNADOR TURISTA COM VERBA PÚBLICA


Mês que vem, o governador Sérgio Cabral deve decolar de novo. Ele está sendo esperado no balneário mexicano de Cancún no meio de abril, para a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial.
As praias por lá são lindas.

COMO O BLOG ANTECIPOU MOCAIBER NÃO VOLTA . . . . RECURSO NEGADO . . . CABE RECURSO

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador Joaquim Antônio Castro Aguiar, negou ontem o pedido de suspensão de liminar impetrada pelos advogados do prefeito afastado Alexandre Mocaiber (PSB). Um dos advogados de Mocaiber, João Batista Oliveira disse na noite de ontem que vai recorrer da decisão para tentar restituir o cargo ao prefeito. “Vamos recorrer. Está indeferido, mas vamos recorrer no próprio Tribunal”, disse o advogado enquanto lia a decisão do presidente do TRF.
Alexandre Mocaiber foi afastado desde o último dia 11, durante a “Operação Telhado de Vidro”, por força de liminar do juiz Fabrício Antônio Soares, da 1ª Vara Federal de Campos. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de participar e se beneficiar com um esquema de corrupção que desviava verbas federais da Prefeitura de Campos. A “quadrilha”, como define o Ministério Público Federal, teria desviado R$ 240 milhões dos cofres públicos.
Entre os 14 presos no dia 11 continuam detidos, cumprindo prisão preventiva, Alex Pereira Campos, ex-procurador geral do município; Francisco de Assis Rodrigues, ex-gerente geral da prefeitura; Edílson de Oliveira Quintanilha, ex-secretário de desenvolvimento; Ricardo Luiz Paranhos Pimentel, presidente da Cruz Vermelha; Geraldo Seves, empresário; Marco Antônio França, presidente da Fundação José Pelúcio e José Renato Guimarães, presidente da filial da Cruz Vermelha de Nova Iguaçu.
Eles prestaram depoimento em Campos na quinta-feira, no processo que apura crime e muitos deles devem depor também no Rio de Janeiro, no processo que apura a improbidade administrativa do prefeito.
O prefeito Alexandre Mocaiber é o quarto prefeito afastado da prefeitura de Campos em cinco anos. Em 2004 o prefeito Arnaldo Vianna, hoje deputado federal pelo PDT, foi substituído por 24h por seu vice, o agora também deputado federal Geraldo Pudim (PMDB), por algumas horas. Ao fim do mandato, Arnaldo Vianna passou o cargo ao ex-prefeito Carlos Alberto Campista (PDT), que ficou na chefia do governo municipal até o dia 13 maio de 2005 e foi substituído pelo então presidente da Câmara de Vereadores, Alexandre Mocaiber, após a Justiça Eleitoral anular a eleição municipal de Campos.
O atual prefeito afastado foi eleito em 2006 para mandato tampão de dois anos, mas antes do término, também foi afastado por força de liminar judicial deferida pela 1ª Vara Federal de Campos a pedido do Ministério Público Federal.
Ele é suspeito de integrar uma quadrilha que desviava verbas dos cofres da Prefeitura de Campos. O rombo, segundo o Ministério Público Federal, seria de R$ 240 milhões.

sexta-feira, 28 de março de 2008

SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (27), em Recife, que telefonou duas vezes para o colega norte-americano, George W. Bush, para tratar da crise imobiliária nos Estados Unidos.


Segundo Lula, o governo está de olho para que “o Brasil e os países que estão crescendo na América Latina não sejam vítimas dessa crise”.

“Eu pessoalmente falei duas vezes com o presidente Bush. Eu sei que ele ficou chateado porque eu tinha falado com o Gordon Brown. Eu liguei para ele e falei: “Ô Bush, o problema é o seguinte, meu filho: 'nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo, vocês vem atrapalhar, pô? Resolve a tua crise!'”, relatou Lula.


A fala provocou risos na platéia do Fórum Empresarial Brasil-México.
Em seu discurso, o presidente referia-se à crise que atinge o setor de crédito nos Estados Unidos, gerando perdas e ameaçando a saúde financeira dos bancos do país. O governo norte-americano tem agido para evitar que os efeitos da crise contaminem outros setores da economia, reduzindo o consumo entre os norte-americanos - conhecidos como os maiores "gastadores" do mundo e responsáveis por grande parte do crescimento econômico dos EUA.


O PRESIDENTE É MOTIVO DE CHACOTA PELAS BRAVATAS QUE FAZ.

CÉSAR MAIA ZOMBA DA POPULAÇÃO DO RIO


O prefeito Cesar Maia rebateu nesta quinta-feira (27) em uma visita que fez à Bahia as acusações sobre o desvio de verbas da saúde. “No caso da dengue, se aplicou o triplo daquilo que estava no programa de dengue do Rio de Janeiro. É porque não é apenas naquela rubrica. Existem rubricas que não são relacionadas formalmente a dengue, mas são programas em relação à dengue”, disse o prefeito, que viajou para uma festa de um ano de seu partido, o DEM.
Cesar Maia disse também que aproveitou a viagem para rezar pela cidade: “Pedi ao Senhor do Bonfim que nos ajude, que leve o mosquito da dengue em direção ao oceano e que nos proteja. Isso é uma energia muito forte que temos na Bahia. E vim aqui para levar ela para o Rio.”

JOÃO PEIXOTO COM A CORDA NO PESCOÇO : O PREÇO DE SER MAL ASSESSORADO


ALERJ QUER CASSAR OS BAGRINHOS

O plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decide na próxima terça-feira, em sessão secreta, o destino de quatro dos sete parlamentares acusados por falta de decoro parlamentar, por nomear funcionários fantasmas. Além do deputado campista João Peixoto (PSDC), podem perder o mandato, Renata do Posto (PTB), Jane Cozzolino (PTC) e Tucalo (PSC). Na quarta-feira, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa decidiu, por unanimidade, recomendar a aplicação da pena de perda de mandato dos quatro acusados. O deputado João Peixoto, que recorreu já da decisão, garantiu que e é inocente e afirmou que foi envolvido no esquema por um funcionário da Alerj. “Eu sou inocente e confio em Deus. Somente Ele sabe onde está a verdade. Por isso, neste momento, só peço a Deus para iluminar as cabeças dos meus pares, porque eles sabem que sempre tive uma atuação correta dentro da Assembléia. Sou inocente e vou provar isso”, disse o parlamentar.

E INOCENTA OS DO ALTO CLERO

O presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Paulo Melo, também explicou porque os deputados Délio Leal, ex-presidente do conselho, e Álvaro Lins, ambos do PMDB, tiveram as denúncias contra eles arquivadas. — Os parlamentares que descobriram que as nomeações atentavam contra a ética e, por conta disso, demitiram os funcionários fantasmas. Esses foram inocentados. Já o deputado Édino Fonseca (PR), o conselho optou pela pena de suspensão temporária do mandato por 90 dias — completou o presidente. O Conselho de Ética se reúne na quarta-feira, às 10h, para ouvir o deputado Marcos Figueiredo (PSC). Ele e os deputados João Pedro (DEM), Anabal (PHS) e o deputado licenciado Marcelino D Almeida (DEM), também estão sendo investigados por supostas contratações de funcionários fantasma.

PRESOS DO TELHADO DE VIDRO DEPÕE


Ontem, os sete acusados de supostas irregularidades que teriam sido praticadas na Prefeitura de Campos depuseram ao juiz da 1ª Vara Federal, Fabrício Antônio Soares. O clima em frente ao prédio da Justiça Federal era de animosidade entre grupos rivais, com bate-bocas a toda hora. Por volta das 13h chegou o controlador da Cruz Vermelha em Nova Iguaçu, Ricardo Pimentel. Uma hora e meia mais tarde, chegaram os demais. Em razão da altura, a viatura da Polícia Federal não conseguiu entrar na garagem do prédio e os presos sairam aos pares: o presidente da Fundação José Pelúcio, Marco Antônio França Faria, e o ex-procurador-geral Alex Pereira Campos; o ex-gerente de Desenvolvimento Edilson Quintanilha e o ex-coordenador do Programa de Bolsas, Francisco de Assis Rodrigues. O empresário Geraldo Seves foi o penúltimo a entrar no prédio, seguido de José Renato Guimarães, presidente da filial da Cruz Vermelha. Os depoimentos começaram após as 16h e se estenderam até depois das 22 horas.

TRF PODE JULGAR RECURSO DE MOCAIBER HOJE : CHANCES MÍNIMAS

O Tribunal Regional Federal (TRF), no Rio, pode decidir hoje o recurso contra a liminar que afastou o prefeito Alexandre Mocaiber do cargo. Será o fechamento de mais uma semana de muito movimento na área jurídica, desde que a Operação Telhado de Vidro foi deflagrada no último dia 11. Ontem, os sete acusados que continuam presos, agora preventivamente, prestaram depoimento na Justiça Federal, o que levou curiosos e militantes para frente do prédio, no Centro. Muitos gritavam palavras ofensivas. Por tratar-se de um pedido de suspensão de liminar, o recurso será julgado pelo presidente do TRF, desembargador Joaquim Antônio Castro de Aguiar. A previsão dos advogados de Mocaiber é que a análise do desembargador seja mesmo hoje, uma vez que a Procuradoria Regional da República já emitiu seu parecer contrário ao retorno.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Pergunta que não quer calar

O que faz o Ministro Nelson Jobim ?

SORRIA. SÉRGIO CABRAL ESTÁ NO RIO .

Neste momento, Sérgio Cabral está conversando com Eduardo Paes. O governador desistiu da candidatura do secretário de Esportes a prefeito do Rio, já que não conseguiu superar os obstáculos a seu nome no PMDB.
Cabral e Lula resolveram juntar forças na eleição municipal e decidiram apoiar a candidatura do deputado estadual Alessandro Molon, do PT.
O vice na chapa será o advogado Regis Fichtner, do PMDB. O nome do secretário de governo, homem de inteira confiança do governador, une todo o partido e agrada, inclusive, ao presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani.
ESCOLHER MOLON É SE SUJEITAR A CARREGAR UMA MALA PESADA NAS ELEIÇÕES.

PORQUE GAROTINHO QUER HABEAS CORPUS PREVENTIVO ?

Se, no jogo para a galera, Anthony Garotinho a operação “Telhado de Vidro” para atacar adversários políticos, no jogo jogado no Judiciário, o ex-governador prova ter receio de ser preso. No dia 18, seu pedido de habeas corpus preventivo já havia sido negado pelo Tribunal Regional Federal (TRF). Ontem, foi a vez do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar o mesmo pedido, ambos feitos no dia 12. Menos de 24 horas antes, no dia 11, entre outros mandados de busca e apreensão cumpridos em Campos, a Polícia Federal apreendeu diversos documentos na residência do ex-deputado Claudeci da Silva, aliado do ex-governador até a semana anterior. Em relação ao recurso contra o afastamento do prefeito Alexandre Mocaiber, o TRF, como a Folha ontem adiantou com exclusividade, deve dar decisão amanhã ou quarta.

SAÚDE PÚBLICA NO RIO É O CAOS EM TODAS AS INSTÂNCIAS DE GOVERNO

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta terça-feira (25) que não vai mais discutir com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (DEM-RJ) quem tem a responsabilidade sobre a epidemia de dengue na cidade. Temporão foi ao Senado discutir com o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), a regulamentação da emenda 29, que disciplina os gastos do governo na área de saúde.
“Não vou mais ficar nesse debate. Estou preocupado em reverter o quadro de abandono da cidade do Rio de Janeiro”, afirmou o ministro.
Temporão voltou a destacar que o Rio de Janeiro foi o único estado em que a contaminação cresceu em todo o país. O ministro afirmou que o trabalho de combate à doença tem de ser feito durante todo o ano e não apenas no verão.
O prefeito do Rio chamou Temporão de "falastrão" por ter dito que a situação poderia piorar na cidade. Maia criticou ainda o gabinete de crise montado pelo governo para ajudar no combate à epidemia. O prefeito afirmou que historicamente a doença reduz seu nível de contágio em abril em função do menor calor e umidade.
Temporão afirmou que aguarda do Ministério da Defesa a informação da quantidade de homens que serão enviados ao Rio para atuar nos hospitais de campanha que serão montados pelo governo federal. Sobre a emenda 29, Temporão disse que a intenção é construir um novo texto, uma vez que a proposta anterior caiu por estar vinculada à extinta CPMF. O objetivo é aumentar os recursos destinados à área da saúde.

EM 1900 COMEÇAMOS A VENCER A FEBRE AMARELA

Oswaldo Cruz, no nascer do século XX conseguiu erradicar a febre amarela em um país com poucas ações de saúde e poucos recursos tecnológicos, e hoje com recursos, nos debatemos com a DENGUE.
VERGONHA NACIONAL
Foi então criado o Instituto Soroterápico Nacional (1900), cuja direção assumiu em 1902. Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu o presidente Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada o que ficou conhecido como Revolta da Vacina.
Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, realizado em Berlim (
1907), deixou a Saúde Pública (1909).
Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em
Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

segunda-feira, 24 de março de 2008

MOCAIBER QUER VOLTAR E TRF DECIDE RECURSO


O Tribunal Regional Federal (TRF) deverá se pronunciar hoje sobre o pedido de liminar do prefeito afastado de Campos, Alexandre Mocaiber (PSB), após sorteio do desembargador que analisará o caso, conforme informações da assessoria do órgão. No entanto, é certo que se o resultado for favorável ao retorno dele ao cargo, a Procuradoria da República (PR) entrará com pedido de prisão preventiva de Mocaiber, por considerar que o afastamento dele é imprescindível ao andamento das investigações.
O advogado de Mocaiber, Francisco Martins, tem outra visão. Segundo ele, “todas as diligências já foram feitas, não havendo necessidade de o prefeito ser mantido afastado do cargo”. Caso o resultado não seja favorável, Martins promete recorrer ao Tribunal Federal (TF), em Brasília. Mocaiber foi afastado no 11 de março, por decisão da Justiça Federal, que prendeu, na oportunidade, 14 pessoas ligadas ao esquema que pode ter desviado R$ 240 milhões da Prefeitura. O procurador da República em Campos, Eduardo Oliveira de Souza, enviou à Procuradoria Regional Federal, que tem competência de investigar prefeitos, documentos sobre as investigações que envolvem o prefeito, secretários e empresários.

NO FAROL, ALÉM DE PETRÓLEO, BROTA DINHEIRO PÚBLICO

De acordo com Avelino Ferreira, o show de Alcione, em Santo Amaro, dia 15 de janeiro, custou R$ 185.800,00. Para escamotear cifras astronômicas, as faturas eram divididas em duas. “Quando se lê a fatura, constatam-se apenas R$ 82.900,00. Mas é uma de duas. Em outra fatura constam mais R$ 82.900,00”, frisou.
O show de “Jamil e Uma Noites”, dia 12 de janeiro, também no Farol, custou R$ 164.600,00. O Exaltasamba custou R$ 146 mil. O mesmo ocorreu com a banda Calypso, na mesma praia, com custo de R$ 188.800,00. Ainda no Farol, o show do Titãs em janeiro custou R$ 178.000,00. O do Rappa, em 26 de janeiro, R$ 195.400,00. E o de Gustavo Lins R$ R$ 93.800,00. Nos inúmeros shows de bairros, muitos dos quais sem divulgação e sem público, as aberrações não são menores, segundo Avelino. O bairro Jockey Clube foi contemplado com seguidos shows, alguns com duas apresentações de cantores e bandas num mesmo dia. O de Pâmela e Banda custou R$ 43.000,00. Também no Jockey, dia 20 de setembro, o da cantora Cassiane saiu por R$ 53 mil.
o mesmo bairro, o show de Jairinho e Banda, no mesmo dia, custou R$ 44,1 mil. Dia 21 de outubro, também no Jockey, o Imaginasamba tocou por R$ 43 mil . O show de Perla, em playback, dia 30 de novembro, este em Morro do Coco, saiu por R$ 54,9 mil.
PREFEITO NÃO AUTORIZARÁ PAGAMENTO
Ainda de acordo com Avelino, seria exaustivo enumerar todos os shows contratados pelas empresas Telhado de Vidro, Jakimow´s e Lucas e Reis, do empresário Antônio Geraldo da Fonseca Seves e outros sócios. “Mas vale o registro de mais estes: enquanto o povo se distraía no reveillon do dia 31 de dezembro, o show do grupo Sambaí , em Guarus, retirava dos cofres públicos a quantia de R$ 99 mil. Os Meninos de Goiás fizeram um show em Travessão, dia 18 de janeiro, por R$ 88 mil. E tocaram pelo mesmo preço em Lagoa de Cima. O Bonde do Forró, no Lagamar, custou R$ 96.4 mil. Mas o grupo tocou em Ururaí pelo mesmo preço. E o Belo, no Farol, cantou por R$ 163.3 mil”, contou ainda. Avelino Ferreira disse ainda que, seguindo autorização do prefeito em exercício Roberto Henriques, não autorizará o pagamento de R$ 2,8 milhões de shows dessas três empresas nos dois últimos meses. “Mas o dinheiro já foi retirado do Orçamento da fundação e, para efeitos legais e burocráticos, os shows são considerados pagos. Na prática, o dono das empresas, ao sair da prisão, terá que cobrar diretamente ao prefeito. Mas os shows realizados em 2007 já foram pagos, constituindo-se no motivo da prisão do empresário”, explicou Ferreira.
EMPRESÁRIO SERIA “CHEFE DA QUADRILHA”
O empresário Antônio Geraldo Fonseca Seves é considerado pela Justiça, o chefe da quadrilha. Ele criou três empresas, todas em 10 de novembro de 2006. Uma, a Telhado de Vidro, tem ele e Márcia Teles de Aguiar como sócios, com endereço à Rua Conde de Bonfim, 106, na Tijuca, com capital de R$ 10 mil, sendo R$ 9 mil dele e R$ 1 mil dela. A outra, Jackmow´s Empreendimentos Ltda, tendo como sócios Stephan Jackmow´s e sua avó, de 85 anos, Frieda Jakmow, de nacionalidade alemã, com a mesma divisão de capital. O endereço é também na Tijuca. A terceira firma, Lucas e Reis, tem como dono Fábio Lucas, com endereço na Rua Dias Ferreira, 410, no Leblon. “Fatos como estes devem ser divulgados para que não se repitam e para que a população tome ciência do que os governos Arnaldo Vianna / Mocaiber fizeram com parte do dinheiro público. E, finalmente, para que os poderes Legislativo e Judiciário impeçam essa roubalheira, cassando e prendendo a quadrilha, incluindo os chefes, como ladrões do dinheiro público. Registre-se que os shows superfaturados fazem parte de uma prática nefasta desde o início da gestão de Arnaldo Vianna. A Operação Telhado de Vidro é apenas a pontinha do iceberg”, finalizou Avelino Ferreira.

domingo, 23 de março de 2008

ALERJ - ANTRO DE CORRUPÇÃO


NO MAR DE LAMA DA ALERJ O HOMEM EM DESTAQUE NA FOTO É ASSESSOR PARLAMENTAR.




O presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani, divulgou uma nota oficial, na tarde desta quinta-feira, sobre o envolvimento do deputado Anabal Barbosa (PHS) com o bolsa fraude, esquema no qual uma quadrilha aliciava pais com muitos filhos para serem funcionários fantasmas de parlamentares, com o objetivo de embolsar auxílios-educação distribuídos pela Alerj.
Até agora, sete deputados são investigados: Álvaro Lins (PMDB), Délio Leal (PMDB), Edino Fonseca (PR), Jane Cozzolino (PTC), João Peixoto (PSDC), Renata do Posto (PTB) e Tucalo. Outros três que estão na mira do Conselho de Ética são João Pedro (DEM), Marco Figueiredo (PSC) e Marcelino D'Almeida (DEM), atual secretário de Governo do Rio. Segundo o presidente da Alerj, a Mesa Diretora também pedirá a abertura de um processo ético contra Anabal Barbosa.
Picciani voltou a defender a prisão dos integrantes da quadrilha. Eis a íntegra da sua nota:
"Tendo em vista reportagens publicadas hoje, dia 20/03, envolvendo o deputado Anabal (PHS) na fraude do auxílio-educação concedido pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, esta Presidência submeterá à Mesa Diretora nesta segunda-feira, dia 24/03, o encaminhamento do nome do referido parlamentar para investigações no Conselho de Ética.
"O fato de as reportagens indicarem que a pessoa aliciada tem, como em outros casos, residência na cidade de Cachoeiras de Macacu, corrobora nossa convicção de que se trata da mesma quadrilha, cujos personagens já estão bem identificados, que atuava aliciando pessoas de uma mesma região para serem nomeadas, preferencialmente, em gabinetes de deputados de primeiro mandato.
"Tais fatos reforçam nossa certeza de que, para o bom curso das investigações, tais personagens devem ter, o quanto antes, suas prisões temporárias decretadas, assunto já sob análise do excelentíssimo senhor procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, conforme solicitado por esta Casa Legislativa."
Anabal nomeou funcionário fantasma ano passado
Anabal nomeou, em 3 de julho de 2007, um funcionário chamado Jorge Eugênio Soares, que o parlamentar garante fazer "plantão em seu gabinete de vez em quando". A 98 km distante da Assembléia Legislativa do Rio, em Cachoeiras de Macacu, onde mora com nove filhos, o lavrador Jorge Eugênio Soares, sequer ouviu falar em Anabal.
Jorge Eugênio mora com os nove filhos numa casa sem fogão. Na quarta-feira, ele contou ao jornal "Extra" que foi procurado, em 2007, por uma pessoa, cujo nome disse não lembrar. Esse aliciador teria trazido o lavrador ao Rio, onde João teria assinado documentos num banco e onde teria feito exames médicos - tudo movido pela promessa de receber um valor relativo ao programa federal Bolsa-Família.


" Todo mês, ele trazia R$ 200, que dizia ser do Bolsa-Família "
- Esse homem veio aqui em casa mais quatro vezes. Todo mês, por volta do dia 30, ele trazia R$ 200, que dizia ser do Bolsa-Família. Em fevereiro, inclusive, ele trouxe a última parcela - disse Jorge.
Se estivesse realmente recebendo pela Alerj como funcionário "CCDAL 9", como consta na nomeação feita por Anabal, o lavrador embolsaria pouco mais de R$ 500 de salário mais nove auxílios educação, cada um no valor de R$ 450, caso seus filhos estivessem matriculados em escolas particulares. No total, seriam rendimentos mensais superiores a R$ 4.500. Jorge garante que nunca recebeu esse dinheiro.
Procurado, Anabal afirmou conhecer Jorge Eugênio, a quem descreveu como "moreno e morador de Magé". Ao ser confrontado com a informação dada pelo EXTRA, a de que foi encontrado um lavrador com o mesmo nome em Cachoeiras, de cor negra, o parlamentar arrematou:
- Quem cuida das nomeações é a minha chefe de gabinete. Preciso ver - disse o deputado Anabal.

A herança deixada pelo governo anterior na prefeitura de Campos assume a cada dia proporções mais assustadoras. Ontem, o prefeito em exercício Roberto Henriques (PMDB) convocou a imprensa para uma entrevista coletiva na qual denunciou um rombo de R$ 400 milhões somente em contas a pagar na prefeitura. E mais: a folha de pagamento do período de setembro a dezembro e o 13º salário do ano passado foram pagos sem que houvesse a devida dotação orçamentária. No rastro de aberrações, houve até a constatação de que havia verdadeiros “marajás” que ganhavam da prefeitura. no Hospital Geral de Guarus, um médico abocanhava o salário mensal de R$ 19.239,75. Henriques qualificou como “caótica” a situação por ele encontrada. “Imagino que quando chegou o mês de agosto, eles constataram que haviam quebrado a prefeitura e buscaram resolver logo daquela forma a situação da folha para que não houvesse uma multidão gritando na porta da prefeitura”, admitiu Henriques.

Supersários na Saúde - Os altos salários se concentravam principalmente na Secretaria de Saúde, onde havia vencimentos que variavam entre R$ 10 mil e R$ 13mil. Os critérios de fixação de salários para alguns contemplados contrariavam princípios do Plano de Cargos e Salários, entre eles o da isonomia.
Em outro caso de supersalário, um assessor técnico ganhava R$ 12.565.32, enquanto um assistente administrativo levava mensalmente para casa vencimentos mensais de R$ 5.134,00, na Controladoria do Município. O valor real de um servidor de carreira da prefeitura que ocupa essa função não passa de pouco mais de R$ 700,00. O prefeito preferiu não mencionar os nomes dos “marajás”. Nesse período, foi constatado que a prefeitura gastava em torno de R$ 35 milhões em pessoal terceirizado e R$ 27 milhões com os servidores efetivos.


AGORA É PRECISO DAR NOME AOS BOIS, DIZER QUEM GANHA SALÁRIOS SUPERFATURADOS E ESCLARECER PORQUE ESSE FATO OCORRIA