domingo, 23 de março de 2008


A herança deixada pelo governo anterior na prefeitura de Campos assume a cada dia proporções mais assustadoras. Ontem, o prefeito em exercício Roberto Henriques (PMDB) convocou a imprensa para uma entrevista coletiva na qual denunciou um rombo de R$ 400 milhões somente em contas a pagar na prefeitura. E mais: a folha de pagamento do período de setembro a dezembro e o 13º salário do ano passado foram pagos sem que houvesse a devida dotação orçamentária. No rastro de aberrações, houve até a constatação de que havia verdadeiros “marajás” que ganhavam da prefeitura. no Hospital Geral de Guarus, um médico abocanhava o salário mensal de R$ 19.239,75. Henriques qualificou como “caótica” a situação por ele encontrada. “Imagino que quando chegou o mês de agosto, eles constataram que haviam quebrado a prefeitura e buscaram resolver logo daquela forma a situação da folha para que não houvesse uma multidão gritando na porta da prefeitura”, admitiu Henriques.

Supersários na Saúde - Os altos salários se concentravam principalmente na Secretaria de Saúde, onde havia vencimentos que variavam entre R$ 10 mil e R$ 13mil. Os critérios de fixação de salários para alguns contemplados contrariavam princípios do Plano de Cargos e Salários, entre eles o da isonomia.
Em outro caso de supersalário, um assessor técnico ganhava R$ 12.565.32, enquanto um assistente administrativo levava mensalmente para casa vencimentos mensais de R$ 5.134,00, na Controladoria do Município. O valor real de um servidor de carreira da prefeitura que ocupa essa função não passa de pouco mais de R$ 700,00. O prefeito preferiu não mencionar os nomes dos “marajás”. Nesse período, foi constatado que a prefeitura gastava em torno de R$ 35 milhões em pessoal terceirizado e R$ 27 milhões com os servidores efetivos.


AGORA É PRECISO DAR NOME AOS BOIS, DIZER QUEM GANHA SALÁRIOS SUPERFATURADOS E ESCLARECER PORQUE ESSE FATO OCORRIA

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