Acompanhando a TV Senado no ano de 2007, podemos analisar na forma de pronunciamentos, de combatividade de presença na tribuna e nas comissões a atuação dos senadores de cada Estado da Federação. Embora a produtividade tenha sido pouca, as atitudes balizam pelo menos as intenções de cada senador. Para facilitar, o trabalho vai dividido em quatro partes distintas que tem a avaliação pessoal do Dono do Blog Pitacos e Política.
OS QUE SÃO FORMADORES DE OPINIÃO . TEM VISIBILIDADE NACIONAL .
ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB) AMAZONAS – Talvez o homem público de maior influência hoje no Congresso Nacional. Seu tirocínio, sua forma de abordagem das matérias sua relação com os outros senadores lhe dá um lugar diferenciado no Congresso Nacional. A análise não pode deixar de contemplar o fato de às vezes usar um tom mordaz e até ferino com outros senadores. Parece que se irrita com algumas decisões e é quase deselegante em algumas ocasiões. Tribuno de escol e formador de opinião inconteste.
CRISTOVAM BUARQUE (PDT) DISTRITO FEDERAL – A marca da educação no Senado. Forma opinião qualitativa e quando precisa dá o seu recado na tribuna.
DEMÓSTENES TORRES (DEM) GOIÂNIA – Procura sempre pautar seus pronunciamentos pelo estrito cumprimento da Lei. Com posições que podem ser confundidas como de extrema direita. Tem carisma pessoal.
EDUARDO SUPLICY (PT) SÃO PAULO – É formador de opinião qualitativa dos mais importantes. É péssimo na tribuna, mas cumpre seu mandato com coerência e retidão. Fica no Senado o tempo que quiser.
INÁCIO ARRUDA (PCdoB) CEARÁ – Tribuno que sabe à hora de levantar os grandes temas da nação, é formador de opinião e destaca-se na defesa do país.
JARBAS VASCONCELOS (PSDB) PERNAMBUCO - Formador de opinião qualitativa, um dos EMEDEBISTAS históricos, é tribuno da melhor qualidade, é ferino e vai com facilidade ao cerne dos grandes problemas nacionais. Um Senador que tem a dimensão do que é o Senado Federal.
JEFFERSON PERES (PDT) AMAZONAS – um dos decanos do Senado Federal. Firme, de posições marcantes, sempre vigilante e atento aos grandes problemas nacionais. Embora não seja um grande tribuno é um formador de opinião junto a seus pares.
JOSÉ AGRIPINO MAIA (DEM) – RIO GRANDE DO NORTE – Líder de escol e tribuno dos mais argutos é debatedor implacável e busca sempre análises que tocam o ponto central do tema em debate. É formador de opinião qualitativa.
JOSÉ SARNEY (PMDB) AMAPÁ – Um dos cardeais do senado, embora esteja quase sempre ausente do plenário e das comissões. Eminência parda. No episódio Renan Calheiros mostrou seu poder de fazer valer a influência que tem.
MARCO MACIEL (DEM) PERNAMBUCO – Formador de opinião qualitativa tem em sua múltipla experiência na vida pública um conhecimento ampliados de todos os meandros da política nacional. É um dos senadores mais atuantes embora não seja um grande tribuno.
PAULO PAIM (PT) RIO GRANDE DO SUL – Líder sindical de larga experiência legislativa traz para o Senado Federal a forma firme de expor seus pontos de vista e de negociar suas posições. Embora seja do PT tem brilho próprio e liderança independente.
PEDRO SIMON (PMDB) RIO GRANDE DO SUL – O decano do Senado. São mais de 25 anos de lutas, de posições firmes, de atitudes serenas e coerentes. É formador de opinião qualitativa e um tribuno de rara eficiência e competência. Seus pronunciamentos são pautados de forma a abranger o país como Nação.
RENAN CALHEIROS (PMDB) ALAGOAS – Até pouco tempo, o presidente da casa. Político de larga experiência deixou-se iludir pela auto-suficiência e agora perde espaço. Embora não seja um grande tribuno era, antes de todas as denuncias um formador de opinião junto a seus pares, agora que se salvou da degola, mostra sua influência e torna-se perigoso para o governo.
RENATO CASAGRANDE (PSB) ESPÍRITO SANTO – Embora faça parte da base do governo, é importante considerar que ele é a maior revelação do Senado de 2007. Conseguiu seu espaço entre os grandes. Forma opinião e tem tudo para ser um grande líder político.
SÉRGIO GUERRA (PSDB) PERNAMBUCO – Formador de opinião qualitativa, tribuno sagaz, raciocínio rápido. Tem a estatura de um político Nacional.
TASSO JEREISSATI (PSDB) CEARÁ– Um cacique do PSBD. É mais formador de opinião do que tribuno. Tem luz própria e destaque inconteste.
TIÃO VIANA (PT) ACRE – Sua função de vice-presidente da casa lhe dá visibilidade permanente, além disso, tem na forma gentil e educada de tratar seus companheiros um diferencial em sua atuação na casa. Embora não seja um grande tribuno é um formador de opinião junto a seus pares.
OS QUE ESTÃO EM BUSCA DESSE PATAMAR - OS ESFORÇADOS
ÁLVARO DIAS (PSDB) PARANÁ – Um dos líderes da oposição. Senador combativo, formador de opinião qualitativa e tribuno vibrante. Na minha avaliação, falta apenas o viés de “abrangência Brasil” . É mais marcante como senador do Paraná.
EDUARDO AZEREDO (PSDB) MINAS GERAIS – Um dos caciques do PSDB, não é tribuno, mas é formador de opinião tem aparecido pouco no cenário nacional, porque foi denunciado pelo Procurador Geral da República como integrante de um esquema com Marcos, Valério em Minas Gerais quando de sua última reeleição para o governo de Minas.
EFRAIM MORAES (DEM) - PARAÍBA – É o mais atuante senador da Paraíba. Parlamentar experiente é formador de opinião e quando sobe a tribuna dá o seu recado com competência.
GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB) – RIO GRANDE DO NORTE – Um dos grandes do Senado. Articulador hábil, formador de opinião, tribuno valente, mas não vai chegar ao primeiro time.
GERALDO MESQUITA JR. (PMDB) ACRE - – Participa com regularidade e, embora não tenha o destaque das estrelas do Senado, sempre procura estar sintonizado com as decisões da casa . Tem a seu favor o fato de ser um dos históricos do PMDB. Não é um grande tribuno, mas é um formador de opinião junto aos seus pares.
GERSON CAMATA (PMDB) ESPÍRITO SANTO – Um autêntico que vem perdendo seu brilho. Parece cansado dos embates, mas forma opinião e quando precisa dá o seu recado na tribuna. Sua estrela já brilhou com mais intensidade.
IDELI SALVATTI (PT) SANTA CATARINA – Líder do bloco do Governo tem um discurso duro, combativo e firme. Formadora de opinião qualitativa, só não se destacou mais nesse ano, porque às vezes ficava na “saia justa” ao defender algumas posições inconsistentes. Tem visibilidade nacional e vai chegar ao topo. Tem carisma.
KÁTIA ABREU (DEM ) TOCANTINS - Oposicionista e direitista histórica, ligada a UDR tem um discurso duro, combativo e firme. Formadora de opinião qualitativa, só não se destacou mais nesse ano, porque às vezes ficava na “saia justa” ao defender algumas posições inconsistentes. Tem visibilidade nacional e vai chegar ao topo. Tem carisma.
MARCONE PERILLO (PSDB) GOIÂNIA – Ex-Governador de Goiás e em seu primeiro mandato no Senado, procura seu espaço. Em minha opinião pessoal, suas intervenções carecem de credibilidade. Tribuno eficiente.
MARIO COUTO (PSDB) PARÁ – Esse, em seu primeiro mandato, traz a afirmação de liderança que caminha para o nível nacional. Combativo, extremamente direto em suas intervenções, vem se mostrando um formador de opinião . Senador que embora em 1º mandato, tem na sua atuação a dimensão nacional da casa que compõe.
PATRICIA SABOYA (PSB) CEARÁ – Tem liderança latente, participa com efetividade das comissões e não tem destaque em plenário.
ROMERO JÚCA (PMDB) RORAIMA - Líder que busca uma expressão nacional atrapalha-se por ser líder do governo e às vezes defende o indefensável. Não é um grande tribuno e, embora possa ser líder no seu Estado, tem muitas arestas a aparar para chegar a ser um dos maiores.
ROSEANA SARNEY (PMDB) MARANHÃO – Aprendeu tudo com o pai, o senador José Sarney, é o que se pode chamar de RAPOSA FELPUDA. Dificilmente vem à tribuna e só trabalha nos bastidores.
VALDIR RAUPP (PMDB) RONDÔNIA - Líder que busca uma expressão nacional atrapalha-se por ser da ala governista do PMDB e às vezes mete os pés pelas mãos. Não é um grande tribuno e, embora possa ser líder no seu Estado, tem muitas arestas a aparar para chegar a ser um dos maiores.
OS SENADORES QUE SÃO SÓ DEPUTADOS FEDERAIS - OS MENOS VOTADOS
ALMEIDA LIMA (PMDB) SERGIPE – É líder no seu Estado. Não tem a amplitude nacional. Buscou visibilidade defendendo o senador Renan Calheiros e atraiu a antipatia do grande público.
ALOÍZIO MARCADANTE (PT) SÃO PAULO – Como Senador é um grande Deputado federal. Não tem abrangência Nacional e é dúbio em suas posições.
ANTONIO CARLOS JÚNIOR (DEM) BAHIA – Suplente do ícone ACM, tem pouco tempo de senado e é discreto e aos poucos vai se soltando.
CESAR BORGES (DEM) BAHIA – Hoje, o senador que se destaca por seu Estado embora tenha ficado meio perdido com a falta da liderança de ACM.
DELCIDIO AMARAL (PT) MATO GROSSSO DO SUL – Teve seu momento de boa visibilidade na CPI que presidiu em 2005. Perdeu a eleição em seu Estado e teve nesse ano uma atuação discreta e muito abaixo da expectativa.
EDISON LOBÃO (DEM) MARANHÃO – Político experiente que não tem, no plenário, muita relevância. É liderado de José Sarney.
EPITÁCIO CAFETEIRA (PTB) MARANHÃO - Político experiente que não tem, no plenário, muita relevância. É liderado de José Sarney. No passado, embora contestado, era mais combativo. Teve diversos problemas de saúde neste ano.
FLÁVIO ARNS (PT) PARANÁ – Sem grandes destaques positivos ou negativos. Não é um excelente tribuno e nem tem tipo de formador de opinião. É discreto e faz seu trabalho com competência.
GILVAN BORGES (PMDB) AMAPÁ – Governista que busca sempre obter emendas para o seu Estado. Cumpre seu papel sem grande destaque nacional.
HERÁCLITO FORTES (DEM) PIÁUI – Senador que tem visão de Brasil. Parlamentar experiente tem na cadeira do Senado Federal a tribuna maior para seus pronunciamentos. É formador de opinião, não chega a ser um destaque Nacional, mas é talvez a mais importante liderança do seu Estado.
MAGNO MALTA (PR) ESPÍRITO SANTO – Combativo. Tem suas bandeiras e luta por elas. Não tem o carisma de uma liderança política. É dúbio na forma de conduzir seu apoio ao governo.
MÃO SANTA (PMDB) PIAUÍ – Um senador com a marca do seu Estado. Tribuno de atuação razoável tem visibilidade nacional como Senador pelos seus pronunciamentos e pela forma vibrante com que fala sobre saúde.
MARISA SERRANO (PSDB) MATO GROSSSO DO SUL – Gosta da tribuna é participativa, mas os grandes problemas nacionais não passam pelo seu crivo. É uma líder regional.
OSMAR DIAS (PDT) PARANÁ – Senador combativo, formador de opinião qualitativa não é grande tribuno. Na minha avaliação, falta apenas o viés de “abrangência Brasil” . É mais marcante como senador do Paraná.
PAPALÉO PAES (PSDB) AMAPÁ – É um dos suplentes da mesa diretora e, no senado, não é tribuno e nem formador de opinião.
ROMEU TUMA (DEM) SÃO PAULO – Seu viés governista às vezes atrapalha suas ações mais representativas. É especialista em segurança e pode contribuir mais com o Senado.
SIBÁ MACHADO (PT) ACRE – Como defensor do governo, passa a impressão de ser um “Maria vai com as outras” . Não tem luz própria.
WALTER PEREIRA (PMDB) MATO GROSSSO DO SUL - Suplente do Senador Ramez Tebet passa firmeza nas suas atitudes e pronunciamentos. Como integrante do PMDB já criou alguns problemas para o líder de seu partido por não ser inteiramente alinhado. Bom de tribuna, lhe falta à abrangência de líder nacional.
WELLINGTON SALGADO (PMDB) MINAS GERAIS– Uma figura, é muitas vezes motivo de chiste. Tem opiniões que defendem basicamente a Universidade de sua propriedade. Defensor ferrenho do governo demonstra de forma nítida que defende o seu lado.
OS QUE NÃO PODERIAM SER NEM VEREADORES - OS BOBOS DA CORTE, OS QUE DIZEM AMÉM
ADELMIR SANTANA (DEM) DISTRITO FEDERAL – Participa com discrição dos trabalhos do Senado Federal.
ANTÔNIO CARLOS VALADARES (PSB) SERGIPE – É líder no seu Estado. Não tem a amplitude nacional.
AUGOSTO BOTELHO (PT) RORAIMA - Sem expressão, sem visibilidade.
CÍCERO LUCENA (PSBD) PARAÍBA – É um dos próceres do PSBD. Sua influência não é abrangente no patamar de Federação.
ELISEU RESENDE (DEM) MINAS GERAIS – Já exerceu diversos cargos públicos relevantes. Como senador não diz ao que veio.
EUCLYDES MELLO (PTB) ALAGOAS – Não disse ao que veio, se é que veio é suplente de FERNANDO COLLOR que demonstrando o pouco respeito que tem pelas instituições democráticas, fez um pronunciamento e entrou de licença para fazer palestras pelo Brasil. Ao que se sabe, está em Miami.
EXPEDITO JÚNIOR (PR) RONDÔNIA - É líder no seu Estado. Não tem a amplitude nacional.
FÁTIMA CLEIDE (PT) RONDONIA – Sem expressão, sem visibilidade.
FLEXA RIBEIRO (PSDB) PARÁ– Falta ao senador a dimensão de compreender o que é o Senado da República. Se fosse vereador na sua cidade, talvez fosse mais produtivo.
FRANCISCO DORNELLES (PP) RIO DE JANEIRO – Tinha tudo para ser uma liderança, mas escolheu ser também um dos puxa-sacos de plantão como aliado do Governo. O Rio de Janeiro, ao ver a atuação de Dornelles, se arrepende de ter lhe dado o mandato. Um senador sem expressão nacional. Fosse vereador. Talvez rendesse mais.
GIM ARGELLO (PTB) DISTRITO FEDERAL – Com a renuncia de Joaquim Roriz assumiu o mandato sob intensa acusação de corrupção. Se trabalha é nos bastidores. Não tem nenhuma relevância como político nacional e não aparece na tribuna.
JOÃO DURVAL (PDT) BAHIA - Ilustre desconhecido tanto no plenário como nas comissões.
JOÃO PEDRO (PT) AMAZONAS – Aliado do governo procura não comprometer.
JOÃO RIBEIRO (PR) TOCANTINS - Sem expressão, sem visibilidade.
JOÃO TENÓRIO (PSDB) ALAGOAS – Não disse ao que veio, se é que veio.
JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB) PIAUÍ - Sem expressão, sem visibilidade.
JOSÉ MARANHÃO (PMDB) PARAÍBA – No senado, se influi, é nos bastidores. Na tribuna e como liderança nacional não paga placê.
JOSÉ NERY (PSOL) PARÁ – O fato de ser do PSOL não lhe confere maior credibilidade. Parece fantoche nas mãos da ex-senadora Heloísa Helena. Não é bom na tribuna e nem formador de opinião.
LEOMAR QUINTANILHA (PMDB) TOCANTINS - Sem expressão, sem visibilidade.
LÚCIA VÂNIA ( PSDB) GOIÂNIA – Nas seções plenárias tem desempenho sofrível.
MARCELO CRIVELLA (PRB) RIO DE JANEIRO – Um típico “Maria vai com as outras”. Direitista convicto e governista ocasional é um Senador que, a meu sentir, envergonha o Estado do Rio de Janeiro.
MARIA DO CARMO ALVES (DEM) SERGIPE - Sem expressão, sem visibilidade.
MOZARILDO CAVALCANTI (PTB) RORAIMA – É líder no seu Estado. Não tem a amplitude nacional.
NEUTO DE CONTO (PMDB) SANTA CATARINA – Sem expressão, sem visibilidade.
PAULO DUQUE (PMDB) – RIO DE JANEIRO – Suplente do Suplente. Não disse ao que veio. É só outro “Maria vai com as outras”. Nem sabe que é senador. Acha que é deputado, mas não é nada.
RAIMUNDO COLOMBO (DEM) SANTA CATARINA – Sem expressão, sem visibilidade.
ROSALBA CIARLINI (DEM) – RIO GRANDE DO NORTE – É líder no seu Estado. Não tem a amplitude nacional.
SÉRGIO ZAMBIASI (PTB) RIO GRANDE DO SUL – É líder no seu Estado. Não tem a amplitude nacional.