O PSDB foi usado, enganado pelo PSB nas eleições municipais de 2004”. A afirmativa partiu do presidente do diretório local tucano, Paulo Feijó, ao anunciar, ontem, o fim da aliança entre o PSDB e o PSB do prefeito Alexandre Mocaiber. Em resposta, Mocaiber disse que foi Feijó quem não retribuiu a mesma cortesia com que foi tratado pelo PSB, no “escândalo das sanguessugas, quando o então deputado federal foi execrado pela opinião publica e nós o apoiamos”. A saída dos tucanos abre a possibilidade para uma candidatura própria nas próximas eleições e, em busca de alianças políticas, Feijó não descartou nem uma eventual composição com o PMDB do ex-governador Anthony Garotinho. Quanto a isso, ele deixou claro: “o PSDB está aberto para todos os partidos”. A decisão de entregar os cargos que ocupava na administração municipal partiu da executiva estadual do PSDB e, segundo Paulo Feijó, os tucanos que descumprirem tal determinação estarão sujeitos ao crivo do Conselho de Ética do partido e podem ser punidos, inclusive, com a expulsão. O rompimento do PSDB com o PSB, segundo Feijó, já estava sendo ensaiado há quase um ano. “Só não foi confirmado antes porque parte da executiva municipal era contra. Mas, esse escândalo da Operação Telhado de Vidro foi a gota d’água para que a executiva estadual tomasse a decisão de deixar o governo Mocaiber”. Feijó revela que o PSDB ficou dividido, mas o documento assinado pelo presidente do diretório estadual, José Camilo Zito, teria posto fim às divergências internas: “num momento em que a cidade de Campos vive problemas judiciais na área federal, o PSDB do Estado, em reunião de sua executiva estadual, resolve que o PSDB de Campos não deve ter qualquer participação no governo municipal, independente de quem seja o prefeito”, diz o texto da decisão tucana. No caso de uma candidatura tucana, Feijó adianta que estão sendo cogitados os nomes de Geraldo Coutinho, da Firjan; Marcelo Mérida da CDL; Frederico Paes, da Coagro; Luiz Mário Concebida, do Fundecam; o ex-vereador Sérgio Diniz, além do próprio Feijó, embora tenha dito que quer priorizar sua candidatura a vereador