quarta-feira, 30 de julho de 2008

Radovan Karadzic é levado ao Tribunal de Haia

O ex-líder sérvio da Bósnia Radovan Karadzic chegou à penitenciária do Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI), informou a agência de notícias Tanjug, na madrugada desta quarta-feira (30).
Um comboio de carros partiu às 03h45 local (22h45 de Brasília) do Tribunal Especial de Belgrado, onde Karadzic estava preso desde sua detenção, em 21 de julho.
Karadzic tentava evitar sua transferência ao Tribunal de Haia para a ex-Iugoslávia, onde será acusado de genocídio durante a guerra da Bósnia (1992-1995).
Na noite de terça-feira (29), 46 pessoas ficaram feridas em uma manifestação de apoio a Karadzic realizada no centro de Belgrado, após um confronto entre centenas de jovens e a polícia. A manifestação de apoio a Karadzic e contra "o regime traidor e ditatorial" do presidente Boris Tadic, organizada pela oposição nacionalista sérvia, reuniu mais de 15 mil pessoas no centro de Belgrado. Os manifestantes protestaram ainda contra a prisão e o traslado de Karadzic para o Tribunal de Haia.

A CAMPANHA EM SFI

Em São Francisco de Itabapoana, a campanha dos três candidatos à Prefeitura já está nas ruas e mobiliza moradores todos os dias. Candidato pelo PMDB, o comerciante Beto Azevedo participou ontem de reuniões no distrito de Travessão de Barra, onde a candidata Marcilene Nunes Daflon (PSB) fez caminhada durante todo o dia. O vereador Fauazi Cherene (PDT), também postulante a prefeito, foi procurado para falar sobre a campanha, mas até o fechamento da edição a reportagem não obteve retorno. Marcilene retorna a Travessão de Barra hoje, no terceiro dia de campanha pelo município. Até agora, ela é a única candidata que teve o registro de candidatura liberado pela Justiça. — O distrito é um dos maiores colégios eleitores do município e a receptividade durante a caminhada foi imensa. Tenho assumido compromissos e vou reforçá-los se me eleger — disse. Com ajuda da esposa, Romênia Azevedo, Beto mantém agenda por toda cidade. Ontem, se reuniu com lideranças políticas também em Travessão e, hoje, fará caminhada em Brejo Grande, enquanto a esposa visita a localidade de Floresta. À noite, uma reunião comunitária será realizada com partidários e eleitores de Guaxindiba.

ELEIÇÕES LIVRES ANEAÇADAS POR TRAFICANTES E MILÍCIAS


Um grupo de inteligência da Polícia Federal vai atuar no Rio durante a campanha eleitoral, com o objetivo de investigar e combater a ingerência do tráfico de drogas no processo de escolha dos novos representantes dos cariocas. A decisão foi tomada ontem, em reunião entre a Justiça Eleitoral, a Polícia Federal e a secretaria de Segurança Pública. De acordo com o presidente do TRE, desembargador Roberto Wider, “será um trabalho de inteligência e não de confronto, pois continuamos dentro de um estado de direito e não de exceção”. Ainda segundo Wider, esta equipe irá proporcionar apoio aos candidatos que queiram fazer propaganda eleitoral em localidades dominadas por milícias ou narcotráfico. “Dentro de alguns dias, vocês já verão resultados deste trabalho”, ressaltou. Ele garantiu, no entanto, que a Polícia Federal já solicitou reforço e que o atendimento a estes locais já vem sendo intensificado. Uma nova reunião está prevista para 15 de agosto, com o objetivo de fazer um balanço da situação. Hoje, às 16h, Wider se encontra com o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, e o Ministro da Justiça, Tarso Genro, para discutir a questão. “Vamos a Brasília para saber o que eles pensam em nos oferecer e, com isso, verificar nossas necessidades”, avaliou o desembargador, que não descarta nenhum reforço, mas acha desnecessária a presença do exército.

T J MANTEM PRISÃO DE ALCIONE


Por unanimidade, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio decidiu ontem, manter a prisão preventiva de mais cinco dos 16 acusados de desvio de verbas do programa “Saúde em Movimento”, durante o governo Rosinha Garotinho. Os desembargadores da 2ª Câmara negaram os pedidos em favor do ex-secretário estadual de Trabalho e Renda Marco Antonio Lucidi, do médico Mario Donato D’Ângelo, da ex-deputada federal Alcione Athayde, do médico Pedro Paulo Pellegrino e do então superintendente do Serviço de Saúde Ismar Alberto Pereira Bahia. O ex-secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, ainda não apresentou pedido de habeas corpus. Semana passada, a 2ª Câmara Criminal havia negado habeas corpus para o ex-subsecretário de Infra-Estrutura da Secretaria de Saúde Itamar Guerreiro. O grupo foi preso há 15 dias, durante a operação “Pecado Capital”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. O grupo responde por formação de quadrilha e desvio de verbas públicas por meio de transferências para ONGs. Os desembargadores acompanharam o voto do relator do processo, desembargador Antonio José Carvalho. Segundo ele, a prisão determinada pela juíza Ana Luíza Coimbra Mayon, da 21ª Vara Criminal, foi devidamente fundamentada para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.
Na segunda-feira, a juíza da 21ª Vara Criminal, Ana Luíza Coimbra Mayon, deferiu pedido dos advogados de Marco Antonio Lucidi e Gilson Cantarino e determinou que sejam excluídos do bloqueio de suas contas os valores depositados a título de salário. A juíza decidiu ainda colocar o réu Alberto Cesar Bonnard Dias em regime de prisão domiciliar, por causa de problemas de saúde, segundo declaração médica. A juíza, porém, determinou a realização de perícia médica a fim de comprovar a gravidade do quadro. Quando — A operação “Pecado Capital” foi deflagrada dia 15 de julho pelo Ministério Público Estadual e pela Delegacia Fazendária de Polícia Civil, prendendo 12 pessoas. A ex-governadora e candidata à prefeita de Campos, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho, que à época era secretário de Governo, também são acusados. Todos os envolvidos tiveram os bens bloqueados no dia seguinte à operação “Pecado Capital”. A suspeita é que o desvio de verbas da Saúde para ONGs chegue a R$ 700 milhões.

domingo, 27 de julho de 2008

OS NOMES ENGRAÇADOS DOS CANDIDATOS : O DA FOTO É O ROLA-BOSTA


Valdo Sanduíche, Janu da Combi, Beleza, Álvaro Junior (o Beiço), Loirinho da Pizzaria, Lindomar Já Ouviu Falar, Pingo de Mel, Nego Osvaldo Bilisquete, Cabo Luiz Cadeado, Magal Saque Rápido, Zé Pereba, Vovô do Rock e Tomaz Rola Bosta. Se você achou que a relação acima é do time da pelada de fim de semana pelejada entre solteiros contra casados, enganou-se. Os apelidos listados são exemplos de auto-intitulação adotada por candidatos ao cargo de vereador em Belo Horizonte cujos "nomes de guerra" serão apresentados ao eleitor na campanha deste ano. A originalidade de alguns candidatos ao escolher os apelidos a serem utilizados na campanha da eleição proporcional não é novidade para Malco Camargos, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Para o estudioso, a intenção de alguns candidatos ao escolher a alcunha chamativa reside no fato de ser uma prática costumeira adotada em pleito eleitoral para vereador.

Candidato a vereador José Barreto Tomaz (PHS) se intitula "Rola Bosta""Outros atributos ligados ao verdadeiro nome fica por conta da lógica da competição dos (candidatos ao cargo de) vereadores. Como são muitos candidatos, a probabilidade de o eleitor conhecer pessoalmente o candidato é muito maior do que ele conhecer o candidato a prefeito. Então, eles (candidatos a vereador) tentam criar essa relação de proximidade com o eleitor. Para que o eleitor, na hora que identificar o nome, saiba de imediato quem está falando. Por causa do tempo pequeno que eles têm na televisão e no rádio eles usam esse artifício", explicou. Outra possibilidade apontada por Camargos é a escolha feita por aspirantes ao cargo eletivo que abraçam uma bandeira de parcela determinada da sociedade e fazem dela o estandarte de campanha."Às vezes, você tenta assumir uma identidade que irá agradar parte da população. Então, por exemplo, (candidata-se o) Tonhão do Sindicato dos Professores. Então, ele está buscando que os professores votem nele. E se todos os professores votarem nele, ele é eleito. Ele não tem que buscar identidade com a população como um todo, como é feito na campanha para prefeito. Basta que ele fixe identidade com um grupo menor, desde que esse grupo tenha número suficiente (de eleitores), para que o candidato seja eleito por eles", disse.Candidato com personalidade O candidato a vereador pelo PHS José Barreto Tomaz, 41 anos, que se auto-intitulou com o nome para a candidatura de "Tomaz da desentupidora Rola Bosta", tenta pela segunda vez se eleger como vereador.Ao incorporar o nome, Tomaz diz não ter medo de virar motivo de piada e se diz orgulhoso de ser lembrado pela "Rola Bosta". "Eu lancei a empresa no intuito de fazer uma descoberta maior de clientes porque a divulgação do nome era mais fácil e se tornou conhecido. Com o tempo, o pessoal me incentivou a entrar para a política. Apesar de ser um nome a princípio pejorativo, é um nome real, eu sou muito conhecido por causa dele. O nome é para simplesmente lembrar o leitor que eu existo. Ele vai lembrar, vai guardar e não vai esquecer", explicou.Caso seja eleito, Tomaz ainda não tem definido o que irá priorizar no mandato. Ele pretende estudar o problema de cada região e propor soluções."A minha intenção é essa, buscar o que cada região está precisando. A função do vereador é buscar solução para cada região de Belo Horizonte. Quem me conhece sabe que eu levo o meu trabalho muito a sério. Só de usar um nome desses, eu já demonstro que não tenho medo de trabalhar e também não tenho vergonha desse nome", disse.Tomaz garantiu que não vai incorporar o nome da empresa ao seu nome de vereador, na hipótese de ser eleito."Se caso eleito, o nome de vereador vai ser o meu nome mesmo. O rola bosta vai ser só mesmo para ser eleito. Se for eleito, eu vou ficar conhecido pelo trabalho que irei realizar", prometeu.

GOLFINHOS NADAM NAS PRAIAS DO RIO


O sábado (26) de sol no Rio contou com um belo espetáculo da natureza em mares cariocas: um balé de golfinhos. Segundo o oceanógrafo David Zee, é comum nesta época de correntes frias que bandos de golfinhos se aproximem da costa em busca de alimento. Isso ocorre porque os peixes, alimentos dos golfinhos, também se aproximam da costa.
Já próximo às praias de Ipanema e Leblon, na Zona Sul do Rio, podia ser vista uma mancha esverdeada na água, próximo às Ilhas Cagarras. Segundo a Feema, a diferença de cor é resultado das algas, que estão se reproduzindo com a mudança de temperatura e agitação do mar.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão de tempo para este domingo (27) no Rio é de céu nublado a parcialmente nublado, com temperatura em ligeira elevação. A mínima prevista é de 13°C e a máxima, de 27ºC.

CAMPOS TERÁ PREFEITO COM SUPER-SALÁRIO


A Câmara Municipal de Campos acaba de aprovar, junto com o reajuste dos salários dos seus vereadores, a correção em cerca de 50% no salário do prefeito, que salta da casa de R$ 15 mil para o patamar de R$ 23,2 mil. Os novos vencimentos (o do parlamentar valerá R$ 13 mil) entram em vigor em janeiro e representa percentual cinco vezes maior dos que os 9% concedidos pelo prefeito Alexandre Mocaiber aos servidores da municipalidade.De acordo com pesquisa realizada pelo professor Roberto Moraes, e publicada em seu blog, o salário de R$ 23 mil passa a ser o segundo maior entre os de todos os prefeitos do Brasil, incluindo os de capitais. Ou seja, o salário do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, a partir de janeiro, será menor que o do prefeito de Campos. Prevalecendo os cálculos feitos pelo professor, o futuro mandatário de Campos acumulará uma fortuna de R$ 1,2 milhão ao término do mandato, se cumprir os quatro anos. Incoerência - Os vereadores foram bastante generosos ao aprovar o novo salário para prefeito, mas não demonstram o mesmo comportamento em relação à aprovação do Plano de Cargos e Salários dos servidores da mesma prefeitura, que teria o efeito de se fazer justiça ao servidor público, considerando que há vários casos de distorções nos valores dos vencimentos de uma legião de trabalhadores que fazem mover a máquina pública.Ao comparar o novo salário para o futuro prefeito de Campos (R$ 23,2 mil) com o salário atual do prefeito de Salvador (R$8,5 mil), do estado da Bahia, com quase três milhões de habitantes (terceira cidade mais populosa do Brasil), verifica-se que o prefeito da capital soteropolitana ganhará, proporcionalmente, três vezes menos que o campista, que cuidará de população três vezes menor.Incompatíveis - O prefeito de João Pessoa (PB), capital do estado da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que tem o sexto maior salário das capitais do Brasil, recebe atualmente R$ 15 mil por mês, pouco menos que o salário do prefeito Mocaiber (PSB) em Campos. O prefeito de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), recebe R$ 15,9 mil. Os prefeitos de Curitiba (PR), Carlos Alberto Richa (PSDB), recebe R$ 23,9 mil; de São Luís (MA), Tadeu Palácio (PDT), 19,1 mil; de Manaus (AM), Serafim Corrêa (PSB), R$ 18 mil; e de Campo Grande (MS), Nelson Trad Filho (PMDB), R$ 15,582 mil de salário, todos na faixa de Campos, que não é capital de estado.
Reajustes só valem para a legislatura subseqüente
Entre as câmaras municipais de vereadores, João Pessoa tem hoje o nono menor salário entre as 26 capitais. Cada um dos 21 vereadores da capital paraibana recebe por mês R$ 7,120 mil, contra os R$ 9,3 mil dos vereadores de Campos. De acordo com a Constituição Federal, o subsídio dos vereadores deve ser fixado pelas respectivas câmaras municipais em cada legislatura para a subseqüente, observando os limites máximos de remuneração, de acordo com o número de habitantes do município. Em municípios de até 10 mil habitantes, o salário máximo dos vereadores corresponderá a 20% do subsídio dos deputados estaduais; de 10 mil a 50 mil, a 30%; de 50 mil a 100 mil, a 40%; de 100 mil a 300 mil, a 50%; de 300 mil a 500 mil, a 60%; e mais de 500 mil, a 75%.
Câmara teve que revogar aumento em cidade paulista
Na conhecida cidade de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, a Câmara de Vereadores foi obrigada a revogar o aumento salarial de 56,5% de reajuste para o prefeito, vice, secretários e subsecretários. Além da pressão dos servidores, para negociar também seus salários, as entidades da sociedade civil organizada (sindicatos, Ongs, inclusive a Igreja - Pastoral da Fé e Política), acionaram o Ministério Público. Com a entrada do Ministério Público no caso, foi possível investigar a metodologia aplicada para atualização dos salários somente do primeiro escalão, que incluía reajustes retroativos. O fato ocorreu no início da gestão do prefeito José Pereira de Aguilar, em 2005. A Câmara não teve outra saída, a não ser revogar o aumento. Com o reajuste, o salário de Aguilar na época foi para R$ 18.253 mensais, e do vice e secretários, para R$ 4.985. O novo salário de Aguilar era superior aos vencimentos mensais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

ALKIMIN TEM INDISPOSIÇÃO E ESTÁ NO INCOR


O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, está em observação no Instituto do Coração (Incor) desde a noite de sábado (26) em razão de uma intoxicação alimentar, segundo o coordenador de sua campanha, o deputado federal Edson Aparecido. Por conta disso, o candidato não cumpriu a agenda de campanha deste domingo (27), que previa uma caminhada na favela de Heliópolis.
De acordo com o coordenador da campanha, o candidato passou mal à noite e o médico David Uip orientou para que fosse ao hospital. Ele tomou soro e medicamentos e desde então está em observação. "Ele está dormindo bastante, ficou bem desidratado." A alta médica pode ocorrer neste domingo ou na segunda-feira (28). Edson Aparecido disse que o ajudante de ordens de Alckmin, que o acompanhou na viagem à Colômbia, também passou mal. Por conta disso, o candidato acredita que tenha comido no país algo que não lhe fez bem. O coordenador da campanha tucana acredita que Alckmin manterá a agenda de segunda-feira, que inclui gravações e preparação para o debate na TV Bandeirantes, que será nesta semana.