quarta-feira, 30 de julho de 2008

ELEIÇÕES LIVRES ANEAÇADAS POR TRAFICANTES E MILÍCIAS


Um grupo de inteligência da Polícia Federal vai atuar no Rio durante a campanha eleitoral, com o objetivo de investigar e combater a ingerência do tráfico de drogas no processo de escolha dos novos representantes dos cariocas. A decisão foi tomada ontem, em reunião entre a Justiça Eleitoral, a Polícia Federal e a secretaria de Segurança Pública. De acordo com o presidente do TRE, desembargador Roberto Wider, “será um trabalho de inteligência e não de confronto, pois continuamos dentro de um estado de direito e não de exceção”. Ainda segundo Wider, esta equipe irá proporcionar apoio aos candidatos que queiram fazer propaganda eleitoral em localidades dominadas por milícias ou narcotráfico. “Dentro de alguns dias, vocês já verão resultados deste trabalho”, ressaltou. Ele garantiu, no entanto, que a Polícia Federal já solicitou reforço e que o atendimento a estes locais já vem sendo intensificado. Uma nova reunião está prevista para 15 de agosto, com o objetivo de fazer um balanço da situação. Hoje, às 16h, Wider se encontra com o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, e o Ministro da Justiça, Tarso Genro, para discutir a questão. “Vamos a Brasília para saber o que eles pensam em nos oferecer e, com isso, verificar nossas necessidades”, avaliou o desembargador, que não descarta nenhum reforço, mas acha desnecessária a presença do exército.

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