segunda-feira, 26 de novembro de 2007

DO BLOG DO NOBLAT




Amei Renan loucamente, como jamais pensei. Amei com a alma, com tudo que há de mais puro no meu ser.

Carregava no ventre o resultado de meu amor (...) ele entrou em pânico (...) Eu não acreditava que o homem que eu chamava de "docinho", agia daquela forma.

Para me precaver, gravei algumas conversas que tivemos durante a gravidez.

Mônica Veloso lança, na próxima quarta, o livro "O Poder que Seduz", em que conta sua versão da história de amor com Renan Calheiros - e diz que "a beleza venceu a feiúra". A colunista Mônica Bergamo antecipou os principais trechos do livro.

* "Música, perfume e um certo torpor. Champanhe na mão, conversávamos e sorríamos após o jantar [na casa do senador Ney Suassuna]. Havíamos brindado por mais um ano, o intenso ano de 2002 (...) Cercado por jornalistas, o senador Eduardo Suplicy falava, empolgado, sobre o programa Renda Mínima e a indicação de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Mais um pouco, o próprio Meirelles chegou (...) O vento agitando as cortinas, o barulho de cristais e porcelanas como rumores longínquos vindos da sala. Era como se fôssemos as únicas pessoas no mundo."

* "No mundo pode haver milhões de rosas, mas para o Renan eu era uma rosa única, que ele tratava com devoção comovente. Fazia as mais belas declarações de amor, me ligava várias vezes durante a noite para contar seus passos, cantarolava "Eu Sei que Vou Te Amar" ao telefone (...) Não sei se um dia ele admitirá isso, mas sei do quanto ele gostou de mim."

* "Ele também fazia pequenas coisas para me agradar. No início da relação, por exemplo, estava meio gordinho, e por achar que perder peso seria importante para mim, o que não é, procurou um médico no Rio e começou a dieta da proteína. Em pouco tempo estava nove quilos mais magro."

* "Como qualquer casal apaixonado, tínhamos nossos códigos, nossos momentos e nossas músicas(...) Nossa música marcante foi a do filme "Lisbela e o Prisioneiro". Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: "Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar...".

* "[No Dia dos Namorados] Lembro-me que usava um vestido rosa-clarinho, decotado nas costas, e um creme que dava um tom dourado à pele. Invenções de mulher que adora uma novidade, ainda mais quando está apaixonada e querendo agradar o homem amado. Ele elogiou o vestido e ficou impressionado com os brilhinhos do creme, que grudavam no paletó de terno risca de giz azul-marinho que ele estreava naquela noite."

* "Um de seus sonhos mais freqüentes era ir comigo para o Carnaval da Bahia. Não no camarote: queria ir no chão, no estilo sem lenço e sem documento. Totalmente largado."

* "[Num jantar com amigos] também relembrou ao presidente Sarney minha participação na campanha da Roseana. Por fim, alegre, brincava: "Porque alguém tem que trabalhar nessa família". Sim, não posso negar que eu sonhava construir uma família com o Renan. Ele me falava do sonho de ter uma menina (...) O Renan parecia ser o homem que eu sempre mereci."

* "[Em dezembro de 2003] descobri que estava grávida, carregava no ventre o resultado de meu amor com Renan."

* "Quando contei sobre a gravidez, ele entrou em pânico. Dizia ser impossível. Afinal, argumentou, não éramos mais crianças. Fiquei muito triste com a sua reação. Pela primeira vez, percebi que o amor era lindo, mas a política, para ele, era tudo."

* "O celular tocou (...) [era] Renan, bem humorado, me chamando de doutora Mônica (...) [disse] que me amava demais e que encontraríamos uma forma de administrar a novidade e a vinda de uma filha, sim, porque ele tinha certeza de que a menininha que tanto sonhou, enfim, estava a caminho."

* "Ele prometeu que depois da campanha do desarmamento se "organizaria", o que em bom português queria dizer que se separaria para ficarmos juntos"

* "Decidimos, então, que eu me mudaria para uma casa alugada no Lago Norte, e lá vivi como reclusa, preocupada em esconder minha gravidez."

* "[Uma colunista do "Jornal de Brasília", do Distrito Federal] deu uma nota dizendo que eu estava grávida e a criança era filha do senador Renan Calheiros (...) Pediram-me para redigir uma nota, de próprio punho, negando que o filho fosse do Renan. Escrevi, chorando (...) quando ficamos sozinhos, pela primeira vez vi o Renan chorar."

* "Então, para me precaver, apenas para o caso de ele se recusar a admitir a paternidade, gravei algumas conversas que tivemos durante a gravidez (...) Nunca usei os diálogos para nada, muito menos para fazer chantagem, como insinuaram."

* "Continuamos nos relacionando. Ainda havia amor entre mim e Renan, sim, mas o encanto tinha acabado. Desde o final de 2003 eu sabia que ele, ao contrário do que me dizia, mantinha uma relação conjugal estável (...)."

* "A maioria das mulheres que pensa em roupa íntima e sensual pensa no vermelho. Pois eu prefiro a lingerie preta, branca ou bege. Por outro lado, um belo jeans, com uma camiseta branca, dependendo do sutiã de rendas que estiver por baixo, é extremamente charmoso e eu diria até provocante"

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