sábado, 19 de janeiro de 2008

ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA AO LOBINHO


As denúncias contra o filho do senador Edison Lobão, suplente do pai no Senado, deram força à proposta polêmica a mudança da lei que permite a brasileiros que não receberam nenhum voto representarem seus estados no Congresso.
Hoje, das 82 cadeiras do Senado, 12 são ocupadas por suplentes, que não tiveram um voto sequer. Sem contar com Edison Lobão Filho, que deve assumir a vaga do pai, futuro ministro das Minas e Energia.
Antes mesmo da posse, Edinho, como é conhecido, já é alvo de denúncias de sonegação de impostos, uso de “laranja” para ocultar sociedade e uso irregular de canal de televisão. Ele nega as suspeitas.
Cada senador é eleito com dois suplentes. Se o titular se licenciar por mais de 120 dias, se morrer, renunciar ou for cassado, o suplente assume o mandato. É polêmico, mas é a lei. Segundo entendimento da Mesa do Senado, senadores não podem ser investigados por supostos crimes cometidos antes do mandato. O ex-senador Joaquim Roriz renunciou por envolvimento em denúncias de corrupção. Seu suplente, Gim Argello (PTB-DF), está no cargo, embora esteja envolvido nas mesmas denúncias. Mas ele ainda não era senador.
A escolha de suplentes geralmente é feita entre parentes ou financiadores de campanha. Para mudar esta prática é preciso mudar a própria Constituição e isso depende dos próprios parlamentares.

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