quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

SEXÓLOGA MULÇUMANA DIZ QUE CURA GAYS


Ela se diz uma muçulmana conservadora, usa véu e reza cinco vezes por dia. Toda semana, no entanto, Heba Kotb aparece na rede de TV Al Mehwar, do Egito, para falar sobre sexo no islamismo. Durante uma hora, a primeira muçulmana doutora em sexologia do mundo árabe tira dúvidas de seus telespectadores sobre as questões mais diversas envolvendo o tema, como masturbação, ejaculação precoce e frigidez.

Para ela, o sexo é um “presente de Allá” e o homossexualismo, “uma doença que pode ser curada”. Aos 40 anos, Heba atende homens e mulheres em seu consultório, no Cairo, e, em entrevista ao G1 por telefone, se diz feliz por “poder ajudar tantos casais a serem mais felizes”.

Apesar de reconhecer que o tabu em relação ao assunto permanece, ela diz que hoje as mulheres não vêem mais o sexo como sendo um tema predominantemente masculino.

“Elas estão se interessando mais e procurando saber como ter mais prazer com seus maridos”, afirma a médica.

Ela conta que a maioria das queixas que recebe são relativas à dificuldade de alcançar o orgasmo, no caso feminino, e à ejaculação precoce, no caso masculino.

“Eu sempre digo que todos sabem como fazer filhos, mas a questão é como saber aproveitar isso direito.” Seu site e seu programa são voltados principalmente para o público feminino. Nos países muçulmanos elas geralmente não têm muitos direitos. Até a semana passada, por exemplo, as sauditas não podiam se hospedar em nenhum hotel sem a presença de um homem da família. Elas ainda são proibidas de dirigir, votar e de assumir qualquer cargo jurídico – por serem consideradas “sensíveis demais para julgar”.

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