domingo, 9 de março de 2008

Ministros de Portugal aprovam reforma ortográfica

O Conselho de Ministros de Portugal aprovou nesta quinta-feira (6) um protocolo para unificar as normas da ortografia dos países de língua portuguesa. O país quer, segundo os ministros, um período de seis anos de transição até assumir as novas regras de ortografia. A medida ainda precisa ser submetida à aprovação da Assembléia da República para que as novas regras entrem em vigor.
O Conselho de Ministros divulgou um comunicado (em português de Portugal) que diz que “o Estado português adoptará as medidas adequadas a garantir o necessário processo de transição, no prazo de 6 anos, nomeadamente ao nível da validade da ortografia constante dos actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, bem como de bens culturais, incluindo manuais escolares, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação”.
Para Godofredo de Oliveira Neto, presidente da Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), que lida com o acordo ortográfico no Brasil, a medida do Conselho de Ministros é um avanço na unificação das regras ortográficas.
“Não é uma decisão final, mas foi um passo político. Mostrou vontade política de assinar o acordo. Agora ainda não sei quanto tempo pode levar para que a assembléia aprove”, afirmou. “No país, isso ainda não muda nada. Mas altera a estratégia de ação da comissão. Vamos entender que Portugal tem interesse de assinar o protocolo.”
O que muda com o acordo?
O novo alfabeto vai incorporar o “k”, o “w”, e o “y”, ficando, então, com 26 letras. Haverá a supressão de acentos diferenciais, como o de “pára”, do verbo parar; de acentos agudos em ditongos como o de idéia (virará “ideia”); e do circunflexo em “vôo” ou “crêem”; além de mudanças com o hífen.
O trema (aqueles dois pontinhos que ficam sobre o “u” de lingüiça, por exemplo) desaparecerão.

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