sábado, 17 de maio de 2008

CORRUPÇÃO NA FAETEC

A Secretaria estadual de Ciência e Tecnologia abriu uma investigação interna, que vai ser conduzida pelo subsecretário Luiz Edmundo Costa e por uma procuradora. O funcionário público Erotildes Alves de Moura, de 69 anos, autor das denúncias, também foi convidado a fazer parte da comissão.
Na quinta-feira (15), os agentes realizaram uma operação de busca e apreensão na Faetec e numa empresa fornecedora da instituição. Segundo a polícia, a ação visava apurar suspeita de superfaturamento em notas fiscais.
De acordo com a polícia, uma investigação feita pela especializada revelou supostas irregularidades nas compras efetuadas pela Faetec na empresa que vende materiais diversos.
A Faetec cuida de 98 unidades e enfrenta dificuldade para fazer a manutenção das salas de aula. O funcionário decidiu investigar as contas após desconfiar dos preços de equipamentos que chegavam à escola onde trabalha, em Quintino.
Equipamento 72 vezes mais barato
Erotildes voltou à loja onde comprou um detector de vazamentos de gazes nesta sexta-feira (16). Ele comprovou que o valor do equipamento é 72 vezes mais barato do que o cobrado pela Faetec.
“Eu quase desmaiei, de R$ 6.8 mil para R$ 95. Minha perna bambeou, quase que o velhinho cai. Acho que o dinheiro poderia ser usado com coisa mais importante para equipar uma escola, para dar melhores condições de trabalho para os instrutores da escola”, disse o funcionário.
Os policiais apuraram que um alargador de tubo de aço, por exemplo, teria custado R$ 1.700 na nota fiscal como consta da nota fisical, mas pode ser encontrado no mercado por apenas R$ 8,60. Uma chapa pré-sensibilizada, que poderia ser comprada no comércio por R$ 500, foi adquirida por R$ 64 mil. O presidente da Faetec, Nelson Massini, prestou depoimento na quinta-feira (15) e negou superfaturamento. Segundo ele, um fornecedor entregou equipamentos de qualidade inferior à que foi cobrada. Admitiu que, de fato, foi alertado pelo funcionário Erotildes, autor das denúncias.

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