sexta-feira, 23 de maio de 2008

A JUSTIÇA DENUNCIA O QUE O CORPORATIVISMO ABSOLVEU


Os Deputados estaduais que foram absolvidos por colegas na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) das acusações de envolvimento com o escândalo do “Bolsa Fraude” não escaparam do Ministério Público Estadual (MPE/RJ), que pretende levar todos a responder pelo caso, que ganhou projeção nacional.O procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Estado contra três deputados, dois ex-parlamentares e sete aliciadores, pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato, todos por suspeita de envolvimento na contratação de funcionários para desviar o recebimento de salários e auxílio-educação na Alerj.Os denunciados pelo procurador por envolvimento na fraude são: João Peixoto, Édino Fialho Fonseca, Ayrthon Carlos Maiatto Dias, Renata Campos de Mello, Ubirajara Silva Ferreira, Norival Coelho, Eduardo Rocha Orsino, Wanderley Galdeano Pereira, Frederico Guilherme Schroll Junior, Renato de Araújo Sivuca Ferreira, Marco Aurélio Marins e Jane Cozzolino. Marfan Vieira afirmou que a denúncia oferecida não encerra as investigações sobre as fraudes na Alerj: “A partir de agora, vamos nos dedicar ao exame minucioso de outras situações semelhantes às descritas na denúncia, ocorrida em gabinetes de outros deputados”.Junto com a denúncia, o procurador requereu à Justiça a prisão preventiva de nove dos 12 denunciados, exceto os três deputados estaduais, que gozam de imunidade prisional. Marfan Vieira argumenta na denúncia que os acusados “demonstraram absoluta insensibilidade moral, não hesitando em utilizar-se, como instrumento para a prática de suas condutas criminosas, de pessoas extremamente humildes, recrutadas em comunidades carentes... Em liberdade, estimulados pela sensação de impunidade, certamente continuarão em suas empreitadas criminosas”. O procurador-geral de Justiça requisitou também a quebra do sigilo bancário dos acusados.




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