segunda-feira, 23 de junho de 2008

CONTINUA A FARRA DO DINHEIRO PÚBLICO


O prefeito Alexandre Mocaiber (PSB) considerou ontem como uma grande vitória a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que derrubou a cláusula dois do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) mantendo assim os cerca de 11 mil funcionários terceirizados da fundação José Pelúcio, como já havia acontecido na semana passada em relação aos 4.900 contratados da Facyllit.Com muitas críticas ao vice-prefeito Roberto Henriques, que o substituiu no cargo durante o período em que esteve afastado por decisão da Justiça Federal, o prefeito afirmou que a decisão do TRT tirou das suas costas uma responsabilidade que não era dele: a de demitir 40% dos contratados, conforme “previa o TAC” assinado entre a Prefeitura, Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual. Segundo ele, as listas de dispensa já haviam sido elaboradas pelos secretários, mas sem a sua participação, afirmando ter “ojeriza” em demitir alguém. Mas, que a decisão do TRT acabou por dar tranqüilidade aos terceirizados que agora não perderão seus empregos. “Ninguém mais perderá seus empregos. Não tem mais esse peso que é de demitir pessoal, até porque o governo que nos substituiu nesse período transitório, só fez retirar documento da Prefeitura e demitir pessoal”, disse.O prefeito afirmou que tudo estava sendo feito dentro de uma programação que incluía para esse ano quatro concursos, mas que devido a seu afastamento esse cronograma acabou sendo alterado. Ele, no entanto, garante que deixará vários concursos preparados para que no próximo ano possam ser realizados.
Bacellar não poupa críticas ao vice-prefeito
O prefeito Alexandre Mocaiber disse ainda durante a coletiva que o TAC foi firmado de forma aleatória, porque obrigava que todos os terceirizados fossem contratados pela Prefeitura, através de uma posição que “já havia sido proibida que era a da contratação direta”. Também disse que o Censo dos contratados foi feito de forma irregular por não ter nada documentado. “Além de demitir pessoal afetaria os serviços essenciais da Prefeitura”, acrescenta lembrando que isso acabou virando uma grande preocupação para o prefeito e para a Câmara, tanto assim que todos recorreram contra o TAC.Apoio da Câmara — O presidente da Câmara Municipal, Marcos Bacellar, também participou da coletiva e disse que não podia se prolongar muito sobre sua posição em relação ao contratados, porque faz parte da CPI do recadastramento e amanha, dia 24, os vereadores Marcus Alexandre (PSB) e Dantes Lucas (PDT) vão apresentar durante sessão o relatório, que, adianta Bacellar, trará absurdos a respeito do Censo realizado durante o governo interino.Ele ainda classificou o período do governo de Roberto Henriques de “golpista” e que deixou como legado apenas a demissão de seis mil trabalhadores. Para Bacellar, Mocaiber não tem culpa sobre o quadro de contratados porque teria ele “herdado” essa situação. Quanto ao número de contratados cedidos aos vereadores, o prefeito Alexandre Mocaiber disse ser uma coisa normal, que acontece em todos os lugares. Para ele, as “inverdades”, que foram divulgadas tinham apenas o objetivo de atingi-lo de “todas as formas”.

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