Traição ou dinamismo? Para o presidente do PMDB, deputado Geraldo Pudim, “a política é dinâmica” e explica o porquê de Rosinha Matheus, apesar de ter convidado o vereador Nelson Nahim para ser seu vice, no dia 13, recuou ontem anunciando para a chapa o médico e empresário Paulo Hirano, do DEM, que ainda não deu resposta. Nahim, irmão do ex-governador Anthony Garotinho e cunhado de Rosinha, classificou o episódio de traição, em seu programa uma emissora de rádio AM. “Quanta decepção com Garotinho, quanta decepção com a Rosinha, com o seu Pudim, com o seu Roberto Henriques, com toda aquela turma que acha que política é brincadeira”, desabafou Nahim, que anunciou que não está na convenção do partido, no domingo. Em coletiva na sede do PMDB, que seria dada pela ex-governadora na tarde de ontem, o presidente do partido em Campos, Pudim, disse que a pré-candidata optou por Hirano, em uma “chapa que pudesse ampliar o horizonte da candidatura”. Para Nahim, o gesto foi de traição mesmo: — Eu cumpri com o meu papel, durante todo esse tempo. Por mais de um ano coloquei meu nome à disposição do partido, para ser candidato a prefeito de Campos, por amor à minha cidade. Depois, me foi pedido para abrir mão. E como dei minha palavra, abri mão disso. Seria candidato a vice pelo PMDB. Mas uma vez, aqueles que são responsáveis pelo partido, traíram minha confiança, e apenas me comunicaram que não estarei na chapa no próximo domingo. O deputado minimizou as declarações de Nahim: — O vereador Nelson Nahim é um vereador de grande valor. É natural que num momento como esse ele tenha, talvez, feito um comentário muito mais de caráter emocional do que racional. O processo político é dinâmico. Ele veio de um processo de candidatura, e naquele momento ali (no dia 13) a Rosinha, muito elegantemente, o convidou para que ele pudesse compor a vice. Agora, política é dinâmica. O processo avançou, precisamos ampliar o horizonte.
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