quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

JOSÉ DIRCEU E SILVIO PEREIRA DEPÕEM E ATESTAM : SOMOS INOCENTES


O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu negou nesta quinta-feira (24), em interrogatório na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, todas as acusações contidas contra ele no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
“O [ex] ministro José Dirceu rebateu pontualmente todas as acusações contra ele contidas na denúncia", afirmou o advogado do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, José Luís Oliveira Lima. O interrogatório durou quase duas horas e teve cerca de 30 páginas.
Sobre o depoimento à juíza federal Silvia Maria Rocha, Lima afirmou que "é importante, porque foi a primeira vez que ele pôde falar ao Judiciário". "Portanto, tem alguém que vai apreciar de maneira técnica", destacou o advogado.
De acordo com ele, Dirceu negou a existência do esquema ou que tivesse conhecimento dos fatos. O ex-ministro, segundo Lima, argumentou que, além dos encontros com os dirigentes do BMG e do banco Rural, teve encontros com outros banqueiros e que jamais trataram sobre empréstimos ao PT.
De acordo com o advogado de Dirceu, o único incidente durante o interrogatório é que um dos advogados de defesa do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) gravou a audiência sem autorização da juíza. "Pedi uma questão de ordem, e a juíza pediu que a advogada desgravasse o conteúdo."
Segundo Lima, Dirceu esclareceu que jamais teve qualquer conversa com Jefferson ou com o partido (PTB) que ele representava. Além disso, o ex-ministro rebateu “as ilações” feitas pelo ex-deputado no processo do mensalão.
O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, que tinha sido denunciado por formação de quadrilha no processo do mensalão, fez um acordo para a suspensão da ação, informou a 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Segundo Pereira, o acordo foi homologado pela juíza Silvia Maria Rocha, em nome do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, do STF, e pelos procuradores de São Paulo, em nome do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Questionado pelos jornalistas se considerava correto o acordo, ele disse que "sempre esteve limpo e continuará limpo". "A lei prevê um dispositivo, o juiz não acha isso, o procurador também não achou. Não sou eu que vou achar", afirmou Pereira.

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