domingo, 10 de fevereiro de 2008

BOTA A PLACA QUE EU VOU FINGIR QUE ASFALTO


Os quatro quilômetros da Estrada Restinga, na Baixada Campista, conhecida pelos moradores como a Estrada de Correnteza, não foram asfaltados, contradizendo a placa que a Prefeitura de Campos chegou a colocar na localidade, há mais de um ano, informando que a via seria asfaltada. Com isso, em período de chuva, o estado da estrada é caótico, permitindo a passagem apenas de carroças. Segundo o produtor rural e representante dos moradores da Estrada de Correnteza, Geraldo Teixeira Siqueira Junior, hoje a placa não está mais na localidade, mas as outras estradas que dão acesso a São Martinho e Caboio, receberam a parte asfáltica. “E porque a nossa estrada não foi asfaltada, já que estava na placa e no projeto?”, indaga. Por conta da falta de infra-estrutura, Geraldo esclareceu que os moradores de Correnteza ficaram privados de terem acesso ao transporte coletivo. “Para chegarmos a Correnteza temos que dar uma volta de 10 quilômetros e os ônibus não passam por lá”, disse o produtor rural, ao afirmar que os quatro quilômetros de rodovia ficaram abandonados e alguns residentes procuraram outro lugar para viver. “Este foi o único trecho na região que não foi asfaltado. Tem lugar que não tem moradores e a estrada é asfaltada”,
Requerimento – Gilberto contou que em janeiro do ano anterior foi feito um requerimento explicando a real situação da estrada e solicitando o asfaltamento. Junto ao requerimento foi entregue ao prefeito Alexandre Mocaiber, por intermédio de uma outra pessoa, um abaixo-assinado com 200 assinaturas dos moradores.
Secretário não sabe da obra - O pai de Gilberto tem uma plantação de mandioca, que seria colhida depois do Carnaval, mas se perdeu nas águas da chuva. E para ter acesso à propriedade rural do pai, Gilberto conta que o carro anda mais 10 quilômetros. “O que os moradores querem é que o trecho seja asfaltado”, comentou. A equipe de O Diário entrou em contato com o secretário de Obras, José Luiz Puglia, que informou não lembrar se naquela localidade foi feita alguma obra de recomposição e restauração de pavimentação asfáltica. “São muitas obras”, disse. A obra foi avaliada em R$ 1.399.720,97, conforme edital de número 015/2006, publicado no Diário Oficial do município no dia 17 de agosto de 2006. Ainda de acordo com a licitação, o objeto seria a “obra de recomposição e restauração de pavimentação asfáltica - Estrada Restinga - Caboio - São Martinho - 3º Distrito”, de Campos. Através do celular, a reportagem de O Diário tentou contato, sem êxito, com o empresário Ari Pessanha, proprietário da Construtora Avenida, que não retornou a ligação até a conclusão da edição.


É VERDADE. EU CONHEÇO O LUGAR E NADA FOI FEITO. RESTA SABER SE A CONSTRUTORA REALMENTE RECEBEU PELA OBRA. SE RECEBEU DEVERIAM IR TODOS PRESOS.

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