sábado, 22 de março de 2008

QUEM TIVER TELEFONE DA PMC LIGUE PARA O CESEC


O descontrole na administração da Prefeitura de Campos é tão grave que até agora o novo secretário de Comunicação Social, jornalista Carlos Cunha, ainda não conseguiu levantar o nome de todas as pessoas que tinham telefones celulares pagos pelo município, mas alguns casos descobertos chamam a atenção pela irresponsabilidade do gerenciamento das linhas distribuídas pela prefeitura. Nomes como o de Márcia Macedo e Frank Ronei, assessores do ex-prefeito e hoje deputado federal Arnaldo França Vianna (PDT), aparecerem entre os que continuam usando os telefones pagos pelos cofres públicos, bem como o deputado estadual João Peixoto (PSDC), que era secretário municipal de Agricultura e, ao deixar o cargo, não entregou o telefone.
Atualmente a prefeitura paga, em média, R$ 130 mil por mês pelas contas de 350 linhas de telefone celular, sendo 200 da operadora Oi e 130 da TIM. Por diversas vezes a conta ficou em atraso e até os telefones dos secretários foram cortados. Ontem, Carlos Cunha, determinou que todas as linhas fossem desligadas, até que seja concluído o levantamento.
O que se sabe é que não havia nenhum controle que e os telefones eram entregues por indicações de secretários e de assessores informais do prefeito afastado Alexandre Mocaiber (PSB). “Estamos concluindo todo o levantamento e depois encaminharemos ao prefeito em exercício, Roberto Henriques, para que as providências sejam tomadas. O que fizemos imediatamente foi pedir que todas as linhas fossem desligadas”, disse Cunha.
Agência de publicidade se cala
Carlos Cunha informou ainda que está fazendo levantamento de toda a situação encontrada dentro da Secretaria de Comunicação, inclusive contratos de publicidades, contratos com veículos de comunicação, pagamentos e outros, para trazer tudo a público. Mesmo evitando se aprofundar nas informações, ele disse que já encaminhou expediente às agências de publicidade Premium, do Rio de Janeiro, e Idéia, de Campos, para que expliquem de que forma era distribuída a verba de publicidade da prefeitura, mas até o momento nenhuma delas respondeu. “Não queremos antecipar nada agora, estamos levantando tudo e passaremos todas as informações sobre o que já detectamos estar errado. A nossa intenção é exatamente mostrar para a população o que estava funcionando de forma errada, a forma com que o dinheiro público estava sendo usado”, concluiu.
Fundação José Pelúcio enviou ontem ofício à Prefeitura de Campos cobrando uma dívida de R$ 22 milhões referente ao pagamento dos terceirizados, realizado no último dia cinco de março. No documento, a fundação alega que como não houve o repasse por parte do município, teve que arcar com o pagamento da folha com recursos próprios e estaria agora querendo ser ressarcida desse gasto.
O secretário de Fazenda do município, Benilson Paravidino, encaminhou o documento ao prefeito Roberto Henriques que, por sua vez, encaminhou à Procuradoria da Prefeitura para que seja então definida a providência a ser tomada.O fato é que a ordem no relacionamento da prefeitura com a Fundação José Pelúcio foi invertida, ou seja, primeiro ela paga aos terceirizados depois cobra.

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