segunda-feira, 21 de abril de 2008

ROBERTO HENRIQUES TEM PROTEÇÃO DA PF


Um dia após a Justiça Federal haver confirmado a sua permanência no cargo, o prefeito em exercício de Campos, Roberto Henriques (PMDB), concedeu entrevista coletiva ontem no Centro Administrativo José Alves Azevedo. Henriques classificou a decisão do presidente da Câmara Municipal, Marcos Bacellar (PT do B), em dar “posse” ao prefeito afastado Alexandre Mocaiber (PSB) como um “teatro”, bem como a invasão de seus assessores às dependências da prefeitura para “assinar portarias de um governo que não existiu”.
“Tudo que aconteceu aqui na prefeitura e na Câmara na sexta-feira foi um teatro, onde a população e os servidores municipais foram induzidos ao erro, por parte de pessoas inescrupulosas ligadas ao prefeito deposto, que usaram o Diário Oficial do Município para intimidar pessoas. Mocaiber mostrou que tem força, mas não tem autoridade, tanto que nenhum secretário seu compareceu ao local de trabalho após ele ter se anunciado como prefeito, sem na verdade sê-lo”, disse Henriques.
O prefeito em exercício afirmou que poderia descredenciar o jornal Monitor Campista da condição de Diário Oficial por haver publicado 25 portarias sob determinação de Mocaiber. “Não vou fazê-lo, poderia até ter feito, tenho autoridade para isso, mas não vou fazê-lo. Nessa hora, tenho que ser compreensivo, porque a prefeitura tem uma força muito grande para ameaçar jornais e jornalistas com pessoas inescrupulosas no poder”, criticou. “Não sou homem de represálias, quem vai cuidar disso é a própria Justiça Federal, que teve uma decisão judicial descumprida”, acrescentou.
Roberto Henriques declarou que em nenhum momento teve dúvidas de ser o prefeito de Campos, depois da determinação da Justiça Federal que afastou em definitivo Alexandre Mocaiber. “Eu pergunto: houve mesmo a posse que na Câmara ao prefeito afastado? Ele assinou o livro de posse? Por qual razão Mocaiber não veio imediatamente assinar o termo de assunção do patrimônio público municipal após aquele espetáculo na Câmara?”, questionou

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