sábado, 31 de maio de 2008

JUSTIÇA SOLTA ÁLVARO LINS

O deputado estadual Álvaro Lins deixou, por volta das 17h30 desta sexta-feira (30), a sede da superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, no Centro do Rio, onde ficou preso pouco mais de 24 horas. Lins foi um dos 16 denunciados pelo Ministério Público Federal à Justiça sob a acusação de formação de quadrilha, corrupcão e lavagem de dinheiro. Lins seguiu para o Hospital Moncorvo Filho, no Centro do Rio, onde faria exame de corpo de delito.
O deputado deixou a sede da PF menos de meia hora após o fim da votação, na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), do projeto de resolução que decretou a revogação de sua prisão. Lins saiu do prédio no próprio carro da Alerj. O placar da votação foi folgado: 40 deputados votaram a favor e apenas 15 parlamentares foram contrários à decisão,
numa sessão marcada pelo constrangimento.
Votação acompanhada das galerias
Os parlamentares seguiram, no plenário, a tendência verificada em duas instâncias anteriores: tanto a Mesa Diretora quanto a Comissão de Constituição e Justiça já haviam considerado a prisão de Lins arbitrária, conforme parecer da assessoria jurídica da Casa.
A votação foi acompanhada por muita gente nas galerias do prédio da Assembléia, no Centro do Rio.
Prisão em flagrante
Embora tenha imunidade parlamentar, Lins foi preso porque a Polícia Federal considerou que houve flagrante por crime de lavagem de dinheiro. A justificativa era a de que o deputado ostenta um padrão de vida superior aos seus rendimentos. Esse argumento foi contestado pela defesa do parlamentar.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, deputado Paulo Mello, que votou por levar a plenário a decisão sobre a soltura do deputado Álvaro Lins - justificou seu voto dizendo que
não vê a liberação do deputado como prejuízo para o processo investigativo.
Único dos sete deputados a votar contra o projeto de revogação da prisão do deputado ser votado em plenário, o deputado Paulo Ramos justificou seu parecer afirmando que o crime pelo qual Lins foi preso em flagrante - lavagem de dinheiro - é continuado e inafiançável. E, portanto, pela Constituição, o deputado deveria continuar preso.
MPF denunciou 16 à Justiça
Na mesma ação do Ministério Público Federal, o ex-governador Anthony Garotinho foi acusado de crime de formação de quadrilha armada por usar a estrutura do estado para dar respaldo político a uma organização criminosa liderada por Álvaro Lins.
Garotinho reagiu,
dizendo que está sendo vítima de perseguição política.
ENQUANTO ISSO, OS LADRÕES DE GALINHA CONTINUAM ABARROTANDO NOSSAS CADEIAS.

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