sábado, 31 de maio de 2008

TENENTE QUE ATENDEU CASO ISABELLA ERA PEDÓFILO : SUICIDOU-SE ANTES DE SER PRESO

Tenente da Polícia Militar de SP é suspeito de praticar pedofilia. O policial atendeu a chamado para socorrer a menina Isabella Nardoni.
A polícia começou a desmontar em São Paulo uma rede de pedófilos que oferecia programas com crianças pela internet. O esquema, descoberto na Zona Sul da capital, levou os investigadores a um tenente da Polícia Militar. Ele era um dos pedófilos e se matou para não ser preso.
A prisão foi feita depois que uma testemunha procurou a polícia assustada com os diálogos que presenciou em salas de bate-papo sobre sexo na internet. As investigações, que começaram há três meses, levaram a uma casa em Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo, onde mora o operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos.
A polícia encontrou no computador e no aparelho celular dele fotos que mostram sexo explícito envolvendo crianças. Também foram encontrados bichos de pelúcia e outros brinquedos, como bonecos de super-heróis, além de roupas infantis e preservativos.
Com base em escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, a polícia diz que o operador de telemarketing aliciava crianças e marcava encontros entre elas e os pedófilos na casa dele. Ele foi preso no último fim de semana. A polícia pretendia prolongar o tempo de investigação sobre o caso, mas ficou apreensiva ao perceber que outras crianças corriam risco de cair na rede de pedofilia. Alguns clientes já foram identificados. Entre eles, um policial militar. Segundo os investigadores, o tenente da PM Fernando Neves Braz encomendava programas com crianças. Nesta sexta-feira (30), com mandados de busca e apreensão, a polícia cercou o prédio onde ele morava com a mulher e os filhos. Antes mesmo que a polícia começasse a revistar o apartamento, o PM se matou com a própria arma que costumava usar em serviço.
Caso Isabella
O tenente Fernando Neves atuava na região do Tucuruvi, na Zona Norte, e foi um dos policiais que atenderam ao chamado para socorrer a menina Isabella Nardoni. Imagens gravadas mostram o policial conversando com o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, na noite do crime. Alexandre dizia que alguém havia jogado a filha do 6º andar.
Na noite do crime, o tenente ajudou a procurar o possível ladrão no Edifício London, onde a criança foi morta. A participação dele na varredura do prédio está registrada no boletim de ocorrência manuscrito pelo soldado da Polícia Militar Robson - um dos primeiros a chegar ao local. Ele diz que “foi realizada vistoria no prédio em todos os andares juntamente com o tenente PM Neves”. No dia 9 de abril, o tenente Neves deu entrevista rebatendo a versão da defesa de que, por falta de segurança no Edifício London, qualquer um poderia ter entrado no prédio e matado Isabella.O corregedor da PM, capitão Marcelino Fernandes da Silva, disse nesta sexta-feira que o tenente comandava a força tática da região. Segundo a corregedoria, na noite em que a menina Isabella morreu, o tenente Neves estava de plantão e escutou o chamado no rádio para atender a ocorrência. Ele e outros três policias chegaram ao local do crime 15 minutos depois. A corregedoria afasta qualquer relação do suspeito de pedofilia com a morte de Isabella.

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