quinta-feira, 5 de junho de 2008

CONFIRMADO : CASSADO CAMPISTA E TONINHO VIANA


O prefeito cassado, Carlos Alberto Campista e o seu vice, Toninho Vianna, perderam ontem todas esperanças de mudar o cenário político de Campos, com uma possível volta ao cargo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através de decisões monocráticas do ministro Marcelo Ribeiro, confirmou todas as sentenças que já tinham sido oficiadas pelas instâncias inferiores contra os dois (ex- PDT), negando seguimento aos agravos apresentados pelos seus advogados.O Ministro Marcelo Ribeiro, negou seguimento aos agravos 7016, 7018, 7019, 6984 e em todos eles era pedida a revisão das decisões anteriores que condenaram os dois por captação irregular de sufrágio (compra de votos), abuso do poder econômico, abuso do poder político, com as condenações de pagamento de multa, inelegibilidade por três anos e cassação do diploma. No processo foi comprovada a utilização de programas sociais da prefeitura em favor da campanha, promessa de emprego por troca de votos, promoção pessoal, entre outros.Carlos Alberto e Toninho Vianna foram cassados em maio de 2005, cinco meses após tomarem posse. Os dois foram beneficiados por um esquema de corrupção eleitoral montado pelo ex-prefeito Arnaldo Vianna, que transformou, em 2004, a prefeitura em uma grande banca de negócios com o objetivo de eleger os seus candidatos. Na época, denunciou-se que mais de 20 mil pessoas foram empregadas irregularmente na prefeitura para decidir a eleição dentro do que havia sido montado por Vianna.Eleição conturbada - Em 2004, a situação na Prefeitura de Campos chegou próximo ao caos administrativo, a ponto de Arnaldo Vianna ser afastado por duas vezes do cargo em plena campanha. No entanto, enquanto enfrentava problemas com a Justiça, Vianna montava um super esquema para fraudar a eleição, que consistia em dar milhares de empregos na prefeitura e a uma gigantesca rede de compras de votos. No primeiro turno, parte do esquema, os milhares de contratados garantiram as presenças dos candidatos de Arnaldo Vianna, Carlos Alberto Campista e Toninho Vianna no segundo turno, contra o candidato do PMDB, Geraldo Pudim, que havia vencido a disputa na fase inicial.No segundo turno, no entanto, além dos milhares de contratados pela prefeitura, Vianna colocou em funcionamento a rede de compra de votos, que permitiu a vitória com cerca de R$ 10 mil votos de diferença. No entanto, o caso imediatamente foi denunciado à Justiça Eleitoral, que durante cinco meses levantou as provas contra o esquema de Vianna. Ao final, foi decretada a cassação de Campista e Toninho Vianna. Na mesma sentença, a juíza eleitoral, Denise Apolinária, condenou Arnaldo Vianna também tornando-o inelegível por três anos e condenado ao pagamento de uma multa.

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