quarta-feira, 4 de junho de 2008

CORREGEDOR DA ALERJ SE ESPANTA COM PROVAS CONTRA ÁLVARO LINS


“"É estarrecedor". Foi este o comentário do corregedor da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Luiz Paulo Corrêa Rocha (PSDB), após ler o relatório da Polícia Federal sobre o deputado Álvaro Lins (PMDB), acusado de comandar uma organização criminosa quando era chefe de polícia civil do Rio.
O corregedor disse que analisou o relatório durante a madrugada desta terça-feira (3). Ele deverá apresentar um parecer sobre o documento na semana que vem à mesa diretora da Alerj, pedindo ou não a cassação do mandato de Lins por quebra de decoro parlamentar.
O relatório, segundo Luiz Paulo, é muito bem fundamentado e com provas contundentes sobre o envolvimento de Lins. "O relatório é quase um inquérito concluído. Tem muitas horas de escuta telefônica e outras provas que demonstram o envolvimento de Álvaro Lins em esquemas de corrupção passiva, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito", afirmou o corregedor.

Álvaro Lins prestará depoimento na Alerj na quarta-feira (4). Apesar do seu parecer depender do depoimento do parlamentar, o corregedor acha pouco provável que o acusado consiga provar sua inocência. "Só se ele aparecer com algo muito inusitado que prove sua inocência quanto às acusações do Ministério Público, mas tudo indica que ele terá o seu mandato cassado", disse.

Luiz Paulo explicou que, após apresentar seu parecer, a mesa diretora encaminhará os autos ao Conselho de Ética, que decide se haverá votação em plenário pedindo a cassação do mandato de Lins. Se isso ocorrer, a votação será secreta.

O advogado de Álvaro Lins, Ubiratan Guedes, considerou as declarações do corregedor precipitadas. Segundo ele, o deputado Luiz Paulo só deveria se pronunciar sobre o relatório após o acusado prestar depoimento na Alerj.

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