segunda-feira, 9 de junho de 2008

GOVERNO DE CUBA DIZ QUE NÃO É BORDEL DOS EUA

O Governo cubano rejeitou hoje um recente relatório dos Estados Unidos que afirma que na ilha não são realizados esforços significativos para enfrentar o tráfico de mulheres e crianças, documento que também diz que este país caribenho é destino do turismo sexual.
O Ministério de Relações Exteriores de Havana emitiu um comunicado que "rejeita categoricamente" o relatório e afirma "que o mesmo desconhece e deturpa a realidade cubana, em seu empenho por justificar a criminosa política de bloqueio, agressões e hostilidade do Governo" de Washington.
Cuba qualifica de "totalmente infundadas" as acusações do documento que foi apresentado na última quarta pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.
"O relatório ameaçou sancionar os países acusados de descumprir o requerido pela secretaria de Estado, privando-os de receber assistência do Governo dos EUA, algo que para Cuba não tem a menor relevância, pois esteve submetida durante quase meio século a esta e outras medidas", acrescenta o comunicado.
Segundo Havana, os EUA pretendem "denegrir a obra social e moral da revolução" e "desacreditar o saudável e crescente desenvolvimento" do turismo.
O texto de Rice afirma que a ilha é "uma fonte de mulheres e crianças traficadas dentro de seu território para sua exploração sexual comercial" e recomenda o aumento dos esforços contra os traficantes de pessoas e o aumento dos passos para prevenir a prostituição infantil.
Havana responde que o Governo de Washington "atenta de maneira permanente contra os direitos humanos do povo cubano" e não tem "moral alguma ou credibilidade para acusar Cuba e muito menos para emitir cínicas recomendações do que o nosso país deve fazer".
O documento acrescenta que a revolução cubana "eliminou para sempre as condições que propiciam o turismo sexual e outros males associados, que existiram em nosso país e foram exacerbados pelo domínio neocolonial imposto a Cuba até 1959 pelo imperialismo ianque".
O comunicado conclui que os EUA "têm muito a aprender com Cuba e não estão em condições de ensinar ninguém".

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