terça-feira, 5 de agosto de 2008

RIO CRESCE MENOS EM 2008 : ABRE O OLHO CABRAL

Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) feita nos 92 municípios do estado mostrou que alguns avançaram pouco na oferta de saúde e educação. Outros até pioraram. Elza Gregório é diarista. Os filhos estão desempregados. O marido dela, Expedito da Silva, é o único que tem carteira assinada. A renda da família é de R$ 800 por mês, e fica apertada para pagar todas as contas. “O salário é pouco. As despesas com condução, colégio entre outras coisas levam todo o dinheiro. Há mais de dez anos que estou tentando concluir a construção da minha casa”, conta Expedito. A família da Dona Elza mora na periferia de Belford Roxo há 16 anos. Durante todo esse tempo, as condições de vida melhoraram muito pouco. São moradores que representam o que vem acontecendo no município. Belford Roxo está entre as cidades do estado do Rio que menos se desenvolveram. O levantamento foi feito pela Firjan com base em indicadores da saúde, educação e emprego. Foram analisados, por exemplo, o número de trabalhadores com carteira assinada, o crescimento médio dos salários, a taxa de abandono dos estudos e o número de consultas pré-natal das gestantes. Na comparação entre os anos de 2000 e 2005, as cidades com melhor índice de crescimento na Região Metropolitana foram Niterói - que já ocupava as primeiras posições - , a capital e Duque de Caxias, que melhoraram suas classificações. Já os índices mais baixos ficaram com Belford Roxo, Guapimirim e Tanguá. Eles, que já apareciam entre os últimos da lista em 2000, perderam ainda mais posições no novo ranking do desenvolvimento. Para moradores como Dona Elza resta a esperança de dias melhores. “Eu queria que melhorasse a saúde do povo, as nossas ruas, a condução, para termos transporte próximo de casa. Espero que melhore a situação da nossa área. A gente necessita. Isso é um direito de todo ser humano, não é verdade?”, conclui Elza.

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