domingo, 15 de junho de 2008

LULA QUASE DESCARTA 2014


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista publicada na edição deste domingo (15) do “Jornal do Brasil”, que não pretende retornar à Presidência após cumprir seu mandato e que o país precisa crescer continuamente entre 4,5% e 5% ao ano por 15 anos para entrar no rol dos países ricos. Na entrevista, o presidente disse ainda que pretende usar os royalties do petróleo para financiar a educação e que vai cobrar mais produtividade dos assentamentos de sem terra. Veja abaixo os principais trechos.
Retorno em 2014
Dia 1º de janeiro de 2011 eu entregarei a Presidência da República e vou para casa. Não tenho interesse de ser candidato a senador, a governador, a vereador. Nada. Não trabalho com a hipótese de volta [à Presidência]. Se eu puder fazer um juramento: pela felicidade do meu filho caçula. Por que eu não trabalho com a possibilidade de voltar? Eu trabalho com a possibilidade de fazer a minha sucessão. Se eu eleger meu sucessor e ficar do lado de fora dando palpite, com poucos meses terei a pessoa que elegi como minha adversária. Como acontece em alguns países e como já aconteceu aqui. Se eu elegi uma pessoa, eu tenho a obrigação moral de ajudar essa pessoa a governar bem. E uma forma de ajudar a governar bem é não dar palpite. Se for consultado, ainda assim, falar em off. Qual é a hipótese de voltar? Se você estiver vivo ainda, se for um adversário que seja eleito. Trabalhar com essa hipótese é no mínimo mesquinharia elevada à quinta potência.
Dilma Rousseff e sucessão
Eu não tenho candidato. Mas começaram a atacá-la [Dilma] quando disse no Rio de Janeiro que Dilma era a mãe do PAC. Ela trabalha nesse PAC 24 horas por dia, controla todos os investimentos do PAC, fica sabendo se é preto, se é roxo. Ela é quem chama os ministros, que presta contas para mim a cada mês, que presta contas para a imprensa. Depois que eu disse isso, talvez os adversários entenderam que era uma senha. E começaram a atacar. A Dilma tem competência? Eu digo, tem. Agora, entre ter competência gerencial e uma candidatura à Presidência, há uma distância da largura do Oceano Atlântico.

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